terça-feira, 28 de junho de 2011

O Mito da Caverna e a condição humana


“Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser deles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Voltando à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá sérios riscos - desde o simplesmente ser ignorado até ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.”

Pode-se ver nesta alegoria a perfeita relação do homem com o mundo em sua condição de criatura de Deus. Esta é a representação fiel do caminho que todos nós percorremos, sem exceção, da ignorância à divindade. Ignorância no sentido de falta de conhecimento e divindade porque é o nosso objetivo final (independente do que é pregado por outras religiões). Sei que já estive preso na caverna, já me libertei das correntes, subi no muro e estou em contato com a saída da caverna, as primeiras pessoas, os primeiros raios de sol e a verdadeira Vida. E é por já ter “olhos para ver e ouvidos para ouvir” que posso vislumbrar a grande estrada que ainda tenho a percorrer e as pessoas que também se encontram neste caminho, cada qual ao seu ritmo, ao seu passo, seja em que estágio estiver. Eis o caminho que todos nós passamos (ou ainda vamos passar), pois no caminho pela ascenção não há volta. Disso a maioria de nós sabe, mas falar assim é ser simplista e tenho como esmiuçar mais o assunto.
Muito se fala sobre o caminho da auto-iluminação, mas pouco se faz por ela e porque? Porque é difícil admitirmos que somos imperfeitos e que temos nossas dificuldades e também porque, depois de passarmos pela fase mais difícil (a da aceitação de nossos vícios), vem a fase de trabalhar duramente para eliminá-las e exercitar as virtudes. Precisamos, ainda, que avatares ou santos venham nos mostrar o caminho, achando que podem fazer isso por nós. Mas não podem. Ninguém pode. Se tivermos que passar por alguma coisa para aprender, somos nós mesmo que temos que percorrer este caminho, não outro. Ninguém pode passar pela dificuldade que é nossa. As tarefas são intransferíveis. Isso vale para as mães e pais, por exemplo, que, se pudessem, ficariam doentes ou passariam pelas dores do filho (a) para que não precisassem passar por isso.

A versão brazuca por Maurício de Sousa



Também em sua versão moderna...




E o que o desenho Avatar - publicado por mim anteriormente - tem a ver com isso? A palavra vem do sânscrito (avatara), que significa descido (do Céu à Terra). Portanto, os avatares são as pontes (materiais) mais próximas que nós temos entre o mundo material e o “mundo espiritual”. São pessoas que acumularam muita sabedoria e sabem utilizar isso em favor do próximo (no caso, dos próximos, sempre). Conseguem aliar o conhecimento adquirido com a maior lei existente: a Lei de Amor. E o Avatar do desenho é justamente assim. Ele é o encarregado de manter o equilíbrio e a paz no mundo e, justamente por ter maior conhecimento e amor dentro de si, é que tem esse papel (o que parece ser mais difícil). E quais são os avatares que conhecemos? Podemos citar Mahatma Gandhi, Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Jesus (o maior que conhecemos), Sidarta Gautama Buddha (o Buda), Francisco de Assis (o santo), Sócrates (e até o próprio Platão), dentre tantos outros. É isso o que se pode entender com "um grande poder traz grande responsabilidade". Quanto maior o conhecimento que tivermos, maior é nossa responsabilidade e capacidade para nos ajudar a crescer através da ajuda ao próximo, direcionando-os e direcionando-nos pelos bons caminhos.
Pra finalizar, gostaria que soubessem que, na parábola de Platão, o homem que se solta das correntes e escala o muro é a representação do filósofo (que se liberta por meio da filosofia) e o homem que retorna para avisar aos companheiros é a representação do político. Uai, peraí, político? Sim, político. Segundo Platão, o político (também filósofo) é o único que teria conhecimento o bastante para guiar as pessoas pelo caminho correto e fazer o que, individualmente, não se teria condições (e não seria esse, essencialmente, o papel dos políticos?). Isso chegou hoje ao meu conhecimento através de um ex-paciente, amigo e xará muito estudioso da filosofia. Agradeço por isto.


Portanto, o caminho da auto-iluminação é nosso destino, não importa a estrada que tomamos. A tarefa é difícil, mas teremos a bagagem necessária para tal e, claro, teremos o amparo irrefutável do Pai, seja como e no momento que for. Preparem-se, pois seremos os próximos avatares! E repito o que eu disse no início: Sei que já estive preso na caverna, já me libertei das correntes, subi no muro e estou em contato com a saída da caverna, as primeiras pessoas, os primeiros raios de sol e a verdadeira Vida. E é por já ter “olhos para ver e ouvidos para ouvir” que posso vislumbrar a grande estrada que ainda tenho a percorrer e as pessoas que também se encontram neste caminho, cada qual ao seu ritmo, ao seu passo, seja em que estágio estiver. Eis o caminho que todos nós passamos (ou ainda vamos passar), pois no caminho pela ascenção não há volta.

Au revoir.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Avatar 1


Hoje escreverei resumidamente sobre meu desenho preferido (apesar de ser recente, ganha até dos desenhos que assistia na infância, que geralmente são os que consideramos como os melhores): Avatar. Falarei sobre ele para que possam entender melhor a próxima publicação que fizer. Espero que também gostem, tanto quanto eu. Sei que esta publicação ficou gigante (bem maior do que planejava), mas reduzi ao máximo a quantidade de coisas escritas.

Para os que não conhecem, Avatar (Avatar: The Last Airbender, em português Avatar: A Lenda de Aang) é um desenho animado co-criada e produzida por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko transmitido pelo canal fechado Nickelodeon Animation Studios. Embora seja um desenho criado nos Estados Unidos algumas características dele são de desenhos japoneses (estilo anime). Este desenho foi transmitido (nos EUA) de fevereiro de 2005 a julho de 2008. O desenho já acabou, mas há uma continuação que está em processo de produção chamada Avatar: A Lenda de Korra. A série passa-se em um mundo fictício influenciado pelas artes marciais (em especial o Kung Fu) e cultura asiática (japonesa e chinesa), mesclando ainda as magias elementais e mitologia japonesa/chinesa. O programa recebeu grande aceitação do público entre 6 a 11 anos, apesar de no Brasil ser recomendada para maiores de 10 anos por conter temas como morte, crise familiar e religião.

Enredo:
Numa era perdida, humanidade se dividia em 4 nações: Tribo da Água, Reino da Terra, Nação do Fogo e Nômades do Ar. Em cada nação, há uma ordem de homens e mulheres notáveis, chamados de "Dobradores" (ou Dominadores), que são capazes de manipular seus elementos nativos. Essas dominações ou dobras são canalizações do Ch'i (energia) em um elemento específico. Para manter o equilíbrio e a harmonia entre estas nações, existe um único dobrador que é capaz de controlar todos os 4 elementos. Esse dominador é o Avatar, que mantem uma conexão entre o mundo físico e o mundo espiritual. Começando com o domínio de seu elemento nativo, o Avatar aprende como comandar todos os 4 elementos. Quando o Avatar morre, o seu espírito reencarna noutra nação seguindo um ciclo milenar. Porém, a Nação do Fogo iniciou uma guerra para dominação do mundo, atacando as outras 3 nações. Seguindo o ciclo de reencarnação, o próximo Avatar deveria nascer entre os Nômades do Ar e, sabendo disso, a Nação do Fogo iniciou o ataque aos Nômades do Ar e eles foram dizimados. Mas o Avatar havia fugido antes e ficou desaparecido por 100 anos (estando congelado num iceberg). Após esse período o Avatar é encontrado por 2 irmãos da Tribo da Água, chamados Katara e Sokka. Aang é o avatar que havia desaparecido, um garoto de apenas 12 anos. Assim, os 3 iniciam uma jornada para reestabelecer a paz no mundo.

O Avatar:
O surgimento do "Espírito Avatar" segue um ciclo de reencarnação que corresponde a esta ordem: Tribo da Água, Reino da Terra, Nação do Fogo e Nômades do Ar. Pela teoria da reencarnação, somente um avatar pode existir por vez, tanto que após a morte de Roku, Avatar do Fogo, logo em seguida Aang nasce, mantendo o ciclo vivo. Devido a esse ciclo de reencarnações, o avatar possui um conhecimento em potencial vastíssimo. Se o avatar morrer, seu espírito poderá nascer de novo para substituir sua última manifestação e prosseguir a missão de manter e proteger o equilíbrio no mundo. Entretanto, se um avatar morre no estado avatar, o ciclo é quebrado e o avatar não pode reencarnar.

O Estado Avatar:
É um fenômeno que ocorre com todos os Avatares. Quando neste estado, o Avatar apresenta poderes surpreendentes, maiores até mesmo que os poderes dos quais ele dispõe normalmente. Este estado é um mecanismo de defesa, designado a dar ao presente Avatar todo o poder e sabedoria de suas vidas passadas. Este estado é representado pelo brilo no olho e nas tatuagens de Aang. Este também é seu ponto mais vulnerável: se morto enquanto estiver nesse estado, o ciclo de reencarnação (seguindo o ciclo Água, Terra, Fogo e Ar) é quebrado e o avatar não mais renascerá, deixando de existir no mundo.

Elementos e Dobras:
Há quatro elementos que regem o planeta onde se passa a série: Água, Terra, Fogo e Ar. Os Dobradores são pessoas que canalizam seu Ch'i em um elemento específico e assim conseguem o manipular (ou dobrar). A base de uma Dobra é uma arte marcial específica.
Dobra de Água: é baseada em movimentos leves e elegantes que se originaram de uma arte marcial chinesa chamada Tai Chi Chuan. Ela consiste em ser defensiva e usa a própria defesa como um poderoso contra-ataque. Há ainda sub-variações (ou evoluções) desta dominação, que é a água em todos os seus estados: líquido, sólido (gelo) e vapor. Dentro desta classe ainda há a Dobra de Sangue (permite ao dobrador controlar o corpo de um ser vivo por meio do sangue e manipulá-lo como a um fantoche). Água é o Elemento da Mudança. Sua fonte é a Lua, foi ela que ensinou a dobra de água, esses primeiros dobradores observavam como a lua empurrava e puxava a água. No simbologismo, a água representa a energia. Trecho retirado do desenho: "As pessoas da Tribo da Água são capazes de se adaptar a muitas coisas. Eles têm um grande senso de união e amor, que os mantêm unidos em tudo. Características: serenidade, doação de vida, coesivo/aderente e perigosa."
Dobra de Terra: é caracterizada por posturas firmes e golpes fortes que se originaram da arte marcial chinesa Hung Gar (derivada do Kung Fu). Essa dobra consiste ser defensiva e ofensiva. Sua sub-variação (evolução) são a manipulação do metal e da areia. Terra é o Elemento da Substância. Sua fonte é a própria terra. Aprenderam a dobra com as toupeira-castores. No simbologismo, a terra representa a parte material, física. Trecho retirado do desenho: "As pessoas do Reino da Terra são diversificadas e fortes, persistentes e também resistentes. Características: força, paciência, resistente/duro/firme, inflexível/teimoso/renitente, centrado e prático."
Dobra de Fogo: é caracterizada por posturas amplas e ataques agressivos que tem origem no estilo de Kung Fu Shaolin do Norte. Essa dobra consiste em ser muito ofensiva e usa seu próprio ataque como defesa. Sua sub-variação é a lava e o raio. Fogo é o Elemento do Poder. Sua fonte é o Sol. Aprenderam a dobra com os dragões. No simbologismo, o fogo representa a mente. Trecho retirado do desenho: "As pessoas da Nação do Fogo têm desejo e vontade, e a energia que os conduz ao que querem. Características: áspero/severo/rigoroso, agressivo, incontrolável, destrutivo, fornece luz e calor."
Dobra de Ar: é baseada no estilo Ba Gua (também chamada de Pa Kua Chang ou Baguazhang), do Kung Fu, e é uma dobra com movimentos defensivos e leves. Essa dobra consiste em ser defensiva e, muito similar a dobra de água, utiliza o ataque do oponente contra ele próprio. Sua sub-variação é criar furacões, voar, ter supervelocidade e criar patinetes de ar. O Ar é o Elemento da Liberdade. Sua fonte é o próprio ar. Aprenderam a dobra com os bisões-voadores. No simbologismo, o ar representa as emoções. Trecho retirado do desenho: "Os Nômades do Ar não se apegam às preocupações do mundo e encontram a paz na liberdade. Características: despreocupação, evasivo, determinado e indetível."

Personagens:
Aang:
Ele é o último remanescente dos dobradores de ar, e foi descoberto depois de passar cem anos aprisionado em um iceberg. Aang nunca quis ser o Avatar, mas sim uma criança normal. É muito tranquilo, brincalhão, dedicado e responsável.
Katara:
É a última Dobradora da Tribo da Água do Sul. No começo de suas aventuras com Aang, ela era apenas uma amadora na Dobra de Água mas, após sair do Polo Norte, Katara atingiu o nível de mestra na Dobra de Água. Apesar disso, ela é muito caridosa, prestativa e responsável, porém se irrita com facilidade.
Sokka:
É o irmão mais velho de Katara. Ele era o único guerreiro que havia sobrado na Tribo da Água do Sul depois que seu pai e as suas tropas saíram da tribo. Sokka não pode dobrar nada, mas é muito inteligente e também é um bom guerreiro. Sua característica mais notável é o senso de humor, sempre fazendo piadas, mas a maior parte da graça vem do seu extremo sarcasmo. Utiliza um bumerangue como arma.
Toph:
É uma excelente dobradora de terra. Apesar de ser cega, Toph está longe de ser uma menina inútil e frágil, pois é a pessoa mais forte do grupo. Seus pais são ricos e a tratam como se ela não pudesse fazer nada sozinha, superprotegendo-a. Aprendeu a dobrar terra com as toupeiras dobradoras. Apesar de ter nascido cega nunca teve problemas para ver, pois com a dobra de terra, seus pés podem "enxergar" qualquer vibração à sua volta através das ondas transmitidas pelo solo. Toph é quem ensina a Dobra de Terra a Aang. A garota tem um gênio muito forte e seu senso de humor é parecido com o de Sokka.
Tio Iroh:
É um general aposentado. Ele é o irmão mais velho do Senhor do Fogo Ozai e acompanha Zuko em todos os lugares em que ele vai, considerando-o como seu próprio filho. Tem como uma de suas principais características sua apreciação por chás. Iroh é uma pessoa extremamente calma, otimista e muito sábio e é também o maior Dobrador de Fogo existente. Ele tem uma elevada posição na secreta Ordem da Lótus Branca.
Príncipe Zuko:
Frequentemente tentava capturar o Avatar para que ele pudesse ser de novo aceito como príncipe da Nação do Fogo, recuperando assim sua honra com o Senhor do Fogo Ozai, seu pai. Sob o manto de sua fúria, Zuko é um jovem que foi privado do amor de seu pai, marcando seu rosto com uma enorme cicatriz por queimadura. Ele fazia qualquer coisa para agradá-lo, tornando suas decisões confusas e impensadas, mas seu pai nunca deu nenhum sinal da afeição. Mesmo depois de ser banido da Nação do Fogo, ele ainda tentou realcançar sua "honra" para ser aceito de volta pelo pai, ajudando sua irmã, Azula, a dominar o Reino da Terra. Após voltar para sua casa e ser aceito por seu pai, Zuko percebeu o quão errado ele havia sido em sua vida e decidiu se juntar a Aang e seus amigos para ensinar ao Avatar a Dobra de Fogo. Apesar de ser um tanto quanto sarcástico, com irritabilidade fácil e impulsivo, Zuko é uma pessoa bondosa e justa.
Princesa Azula:
É a filha mais nova de Ozai e irmã de Zuko. É uma pessoa de personalidade difícil, extremamente inteligente, arrogante, manipuladora e cruel, além de ser uma das melhores Dobradoras de Fogo de seu reino. Ela é muito fiel ao seu pai e conseguiu muitas vitórias contra o Reino da Terra mesmo tendo apenas 14 anos. Começou a perseguir Aang, com a ajuda de suas duas amigas, Mai e Ty Lee. A jovem, entretanto, tem um grande medo de ser abandonada por aqueles que a cercam. Por isso, mantém as pessoas perto dela através do medo. Tudo isso leva Azula a uma desconfiança extrema de todos e, consequentemente, à loucura.
Senhor do Fogo Ozai:
É o vilão principal e o atual Senhor do Fogo, soberano da Nação do Fogo, casado com a Rainha Ursa e pai dos ríncipes Zuko e Azula e irmão mais novo de Iroh. Ele comanda a Nação do Fogo na luta iniciada por seu avô, o Senhor do Fogo Sozin, para dominar o mundo. O atual Senhor do Fogo é um tirano extremamente autoritário e arrogante, além de ter uma imensa sede de poder. Ozai também é um mestre na dobra de fogo. Ele sempre favoreceu sua filha, por ela ser uma excelente dobradora de fogo desde pequena. O mesmo tratamento não é dado ao seu filho, que é desprezado por não ser tão bom quanto Azula. Zuko ganhou sua cicatriz em um duelo de Agni Kai em que Zuko se recusou a lutar contra o próprio pai. É a prova final de Aang para a restauração da paz no mundo.

Animais:
Os animais do desenho são bem exóticos, sendo, em sua grande maioria, uma fusão entre 2 animais. Alguns exemplos deles são toupeira-castor, cão-enguia, coruja-gato, lêmure-morcego (conhecido no desenho como Momo, companheiro de jornada da turma de Aang), leão-alce-dente-de-sabre, cavalo-avestruz e a fantástica tartaruga-leão. Também há os animais "normais", como o Appa (um bisão-voador que também acompanha os garotos), pinguim, dragão, raposa e urso.

Outras Mídias:
Além de jogos de vídeo game e do desenho, propriamente dito, ainda foi realizado um filme, com estreia no ano passado, em que foi feito uma síntese de toda a primeira temporada do desenho com a pretensão de dar continuidade e fechar com a trilogia, sendo cada um dos outros 2 filmes o resumo das 2 outras temporadas. O nome do filme teve que ser mudado para The Last Airbender (O Último Mestre do Ar), pois James Cameron já tinha o direito altoral sobre o nome de seu famoso filme, também chamado Avatar.

Dicionário português/inglês:
Dominação de Ar = Airbending
Dominação de Água = Waterbending
Dominação de Fogo = Firebending
Dominação de Terra = Earthbending



Au revoir.

sábado, 18 de junho de 2011

Exemplos

Vou falar um pouco sobre o exemplo, para que serve e o que ele pode acarretar.
Porque escolhi esse tema desta vez? Não sei ao certo, sei que há dias sinto necessidade de escrever sobre ele (o que já queria ter feito). Este é um assunto que merece muita atenção, haja visto o grande poder que carrega com ele. Obviamente que ele se correlaciona com outras coisas já discutidas aqui anteriormente que serão citadas no decorrer deste texto.
Porque o exemplo exerce tanto poder é pode ser tão perigoso? Porque é através dele que fazemos uma das coisas mais bonitas que existem: ensinar. Claro que podemos aprender de muitas formas: podemos aprender observando/vendo/ouvindo, podemos aprender através da ação de outras pessoas (o tal do exemplo que estamos discutindo) e podemos aprender passando por determinada situação. Cada uma delas requer uma certa quantidade de "conhecimento". A que requer mais sabedoria é a aprendizagem através da observação, pois a pessoa não precisa passar por tal cituação ou dificuldade para aprender; apenas observa o que acontece com as pessoas e como elas agem, aprendendo o que é melhor ou não fazer (por exemplo: vê que não é bom, então ela não bebe). Por isso se diz, especialmente no meio Espírita, que uns aprendem pelo amor e outros aprendem pela dor (infelizmente estes são a grande maioria e por isso a necessidade de passarmos por determinadas situações: para aprender e nos educarmos). Mas vamos focar no exemplo.
Quem exerce o poder do exemplo sobre nós? Bom, isso varia de pessoa pra pessoa. Geralmente nos espelhamos em pessoas próximas, pessoas famosas ou ídolos (pode ser famoso ou não). E porque pode ser tão "perigoso" assim? Pois nos tornamos responsáveis não apenas por nós através das escolhas que nós fazemos. Também nos tornamos responsáveis por 1 ou mais pessoas, podendo chegar a milhões. Já vimos isso anteriormente quando escrevi sobre Liberdade e Libertinagem, sobre Política (que está separada em 3 partes), sobre se o Fim Justificam os Meios e sobre o Trabalho.
Uai, trabalho? Sim, porque é através do trabalho que nos esforçamos para vencer nossas dificuldades. Conquistamos as coisas por esforço próprio, nada vem de graça e isso tem tudo a ver com liberdade. Porque? Porque Deus nos dotou do livre-arbítrio para que façamos nossas escolhas e sejamos responsáveis pelo que dela advir. Ou seja, se fizermos boas escolhas e trabalharmos para que elas aconteçam, significa que recebemos por mérito próprio a colheita que nos é merecida.
Ok, ok, mas porque mais devemos tormar cuidado? Porque somos irmãos ou primos mais velhos, sobrinhos ou afilhados, padrinho/madrinhas, porque poderemos nos destacar de alguma forma (seja na comunidade, no trabalho ou na mídia) e, principalmente, porque podemos ser pais (se já não o somos). Isto é, de todas as formas de ser exemplo, as que considero mais difíceis são a de mídia e a de paternidade/maternidade. E porque? Simples: porque ou arrastamos multidões para o bom ou mal caminho (como é o caso dos políticos com as escolhas que eles fazem por milhões de pessoas e o caso dos famosos) e porque a paternidade/maternidade é um dos bens mais preciosos e sagrados que existem. Claro que cada pessoa escolhe o que fazer da vida, mas os pais tem papel fundamental e crucial nessas escolhas, no caráter e na forma como a criança vê o mundo. Uma das funções primordiais da paternidade/maternidade é ensinar. Quantas não são as crianças que são "estragadas" por causa dos pais e dos exemplos que eles dão no que diz respeito, por exemplo, a mentira, generosidade, honestidade, humildade, rancor, ansiedade, desrespeito, entre muitas outras coisas.
Esse poder também capacita o ídolos e os famosos. Por ídolos podemos entender qualquer pessoa (mesmo famosa) que exerce um grande fascínio em nós e que, portanto, têm grande influência em nossas escolhas. Pode ser um professor, um primo, um vizinho, alguém do trabalho, alguém que não exista na vida real (um desenho, por exemplo) ou, claro, um famoso. Abaixo coloco apenas algumas fotos de famosos (sem jultamentos de minha parte, para mais ou para menos) para que pensem sobre qual o tipo de influência eles têm sobre nós e sobre as pessoas no geral (quero dizer na sociedade):


Amy Winehouse

Madonna e Lady Gaga

Madre Teresa de Calcutá



Gandhi e Jesus






Obviamente que existem milhares e milhares de pessoas que podemos pegar como exemplos, tais como Rihanna, Dalai Lama, Buddha, políticos no geral ou algum em específico, Francisco de Assis, Maria Madalena, Hitler, Che Quevara, Fidel Castro, Osama Bin Laden, jogadores de futebol, shakira, Barack Obama, Ricky Martin, Chico Xavier, o Papa, Carla Bruni, Silvester Stalone, participantes de realitys shows etc etc etc.
Além destes, temos outros inúmeros exemplos no anonimato: a garotinha de Brasília que colocou cartaz na cidade para devolver R$ 50 que encontrou na rua, crianças ou animais que nasceram com algum tipo de deficiência, trabalhadores dos bastidores da televisão, pessoas que se superam (os verdadeiros Super-Homens e Mulheres Maravilhas), aquela vizinha ou pessoa que ajuda na igreja e preferem não se exporem. Um dos grandes exemplo que vejo (e claro, emocionam as pessoas) são as pessoas que se superam e se reinventam todos os dias pelo mundo a fora, para que possam sobreviver em meio à miséria, à fome, à pobreza, ao desemprego etc. Para finalizar, ainda posso citar 2 ótimos filmes -como não poderia deixar de ser - (inclusive já falei sobre um deles na postagem sobre Diversidade de Assuntos): Flor do Deserto e Um Sonho Possível. Flor do Deserto mostra a história real de uma modelo somaliana que luta pela não mutilação das mulheres de seu país. Já Um Sonho Possível trata da história, também real, de uma senhora branca dos Estados Unidos que, inicialmente indiretamente, adota um rapaz negro e "burro" que ninguém acreditava nele.

Flor do Deserto





Um Sonho Possível








Enfim, esta postagem é apenas para pensarmos nas escolhas que fazemos quando, por exemplo, pedimos para alguém mentir que não estamos em casa para não atender o telefone ou que tipo de inspiração causamos em outras pessoas com nossas atitudes (das mais simples e cotidianas às mais significativas e "grandes"). Conclusão: não pode haver falso moralismo. "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"? Acho que não é por aí. Nossas palavras e ações devem ser condizentes e coerentes com nossos pensamentos e a ideologia que pregamos. O que estamos tomando como exemplo e que tipo de exemplo passamos para as outras pessoas? Só podemos ensinar o que já tivermos aprendido!

Au revoir

terça-feira, 14 de junho de 2011

Igualdade de direitos?


É difícil acreditar em coisas como estas veiculando pela internet (e pela mídia). Embora estejam todos em seus direitos de opinião e expressão, mudaria o nome do email (ou do dito protesto) para Ditadura Heterossexual. Me envergonha ler coisa deste tipo, simplesmente por se tratar de violação dos direitos HUMANOS e, ainda pior, por querer passar por cima da maior lei defendida pela dita e tão mencionada maioria professada também por grande parte do mundo: A LEI DE AMOR. Onde está o tão famoso ditado "amai o próximo como a si mesmo" que tanto se professa? Isso é um tanto controverso...
Não há caça aos heterossexuais, violação dos direitos heterossexuais, imposição da minoria sobre a maioria, tolhimento da liberdade ou violação psicológica, ética, social, dentre outros quando se diz respeito às crianças. A heterossexialidade é bemvinda e necessária, principalmente para a perpetuação da espécie (e não que gays não possam ajudar e fazer parte desse processo também). Depois disso o que virá? O retorno da chibata, do tronco, invalidação dos direitos conquistados pelas mulheres, negros, estrangeiros, guerras em nome de Deus etc? Isso é radicalismo, fanatismo, retrocesso. Parecem animais demarcando e defendendo território. Sem contar que são discursos repetitivos e vazios. Até porque, mesmo que todos os direitos fossem legalizados hoje, as coisas ainda não funcionariam bem: temos o exemplo da abolição da escravatura e do direito das mulheres que, até hoje, recebem menores salários, são discriminados etc. Lembrete: toda conquista demanda tempo para se consolidar. O movimento de libertação da mulher (ou a abolição da escravatura) perdura há mais um século e em muitos países praticamente não saiu do lugar.
Desconheço totalmente o tal Kit Gay que inventaram, portanto não posso emitir opinião alguma a respeito. Devo ressaltar que uns poucos não podem atrapalhar o ganho de direitos da maioria. Quero dizer, não é porque existam gays que não se respeitem que a igualdade de direito deva deixar de existir. Assim também poderíamos falar do negros como exemplo: se alguns poucos negros fossem realmente ruins (roubando, vandalizando etc), não seria por causa deles que a escravidão deveria continuar existindo.
O problema está na (falta de) comunicação que houvesse equilíbrio e uma discussão sadia. As pessoas não sabem dialogar: ouvir e falar (preferem impor). Desta forma, quero destacar a importância de 2 frases: o ideal é que todos se respeitassem mutuamente e não somente no uso da liberdade de expressão. O "amai-vos uns aos outros" está longe de ser compreendido, sentido e praticado, mas o respeito já seria um grande avanço.
Não estou aqui para levantar ou defender nenhum tipo de bandeira, apenas acho que fazem tempestade num copo d'água. É passado da época de começarmos a nos tratar como irmãos. A igualdade de direitos faz parte desse processo. Lembre-se: devemos amar-nos uns aos outros, não ao contrário como estamos fazendo.

Segue o texto abaixo. Há (muitas) partes que considerei mais deselegantes (chegando a ser hilárias, tamanha a revolta da pessoa que se sente "atacada") e demoraria muito para destacá-las, de modo que optei por deixar o texto como foi escrito na íntegra. Apenas coloquei entre parêntesis opiniões pessoais no decorrer do texto. O que tiver entre parêntesis em itálico é o que o autor do texto colocou entre parêntesis).



"Ditadura Gay - por Jota Araújo.

Estamos vivendo a transição da democracia para qualquer outro modelo político e cultural que mais parece uma ditadura. Ainda nem bem amadurecemos a democracia e o Brasil já vive uma seqüência de acontecimentos, movimentos, decisões, imposições que a descaracterizam.
Em meio aos conflitos e intranqüilidades relacionados a princípios, valores e liberdade de consciência encontramos algumas posturas do governo ao instituir determinadas leis (ex. Pndh3), a questão do aborto e as diversas exigências dos movimentos homossexuais e simpatizantes (Lgbt).
Contudo, quero colocar em destaque, nestas linhas, as exigências homossexuais e seus absurdos seguidos pelo governo. Podemos constatar que os movimentos pró-homossexualismo e afins (?), se manifestando como verdadeira ideologia, querem implementar uma revolução cultural, moral e política (?) no Brasil. Estamos caminhando para uma ditadura político-cultural gay. Esta é a realidade que estamos vivendo.
De diversas formas, seus movimentos não pretendem apenas a proteção contra a violência e o respeito à sua cidadania, mas também e absurdamente, extirpar, condenar, punir todo sinal de posicionamento divergente, calar as consciências contrárias, disseminar, difundir a prática homossexual junto às crianças e, pasmem, ter o direito exclusivo (?) de ensinar sua opção como boa, saudável, melhor. (Nunca vi ninguém dizendo que essa é a melhor opção, até porque não acredito que as pessoas escolham ser perseguidas e agredidas por vontade própria)

Neste intento, percebemos três linhas de ação:
a. Dissipar com toda opinião contrária à prática homossexual fazendo calar a consciência dos demais através de leis. Usando deste mecanismo, defendem a criação de leis que façam calar opinião divergente como se o direito de praticar, defender e ensinar suas opções pertencesse somente aos homossexuais e simpatizantes. Isto é grave crime contra a democracia e contra a declaração universal dos direitos humanos, em seus Artigos 18 e 19.
b. Querem punição severa (achei que fosse apenas punição, como um crime qualquer... Mas posso estar enganado) para crimes contra homossexuais, mas este deveria ser direito de todo cidadão. Desprezando nordestinos, negros, pobres, etc. que são alvos de piadas ofensivas, tratamento indigno ou mesmo agressão, pretendem ser uma classe privilegiada (???), com direitos especiais (???), acima de qualquer crítica.
c. Querem formar uma nova geração com uma mentalidade forjada a partir de seus valores. Aqui entram diversas exigências de seu movimento e o controverso "kit Gay".
d. Ao convencer órgãos do governo e educadores a introduzirem nas escolas públicas o material denominado "Kit gay" e formas polêmicas de abordar a questão da homossexualidade, o movimento desrespeita a maioria da população e intenta destruir princípios de comportamento e valores caros à família e à história cultural da sociedade brasileira.
Neste propósito, estão usando o artifício de sufocar o direito inafiançável da liberdade e expressão daqueles que optam e defendem a heterossexualidade, bem como o de ensiná-la (não sabia que se ensinava a ser hetero ou homo). Esta é a ideologia das ditaduras: Para eles, todos os direitos, para os contrários, nenhum direito. Mas não termina aí. Sob os olhos e aprovação do Estado, estão roubando da família brasileira seu direito histórico, natural, cultural e democrático de orientar os filhos. Se valendo de leis e tais procedimentos, os construtores da ideologia Gay, com total apoio do Estado, ao mesmo tempo que intentam proibir (?) os heterossexuais de emitirem sua opinião, de defenderem e ensinarem seus filhos sua opção, ainda querem ter acesso a estas crianças, despertar-lhes a sexualidade agressivamente e ensiná-las sobre a opção homossexual, sem a permissão dos pais e de forma não aprovada por estes. Relembro que não se trata mais de uma questão de defesa contra a violência e da liberdade deles exercerem sua opção sexual. Este argumento já se esvaziou. O debate e objetivo de seus movimentos já ultrapassaram estes objetivos. Agora, o propósito é disseminar a prática homossexual e torná-la comum, no sentido de predominante (???), bem como de imprimir a supremacia (?) de seus ideais políticos, éticos, sociais, morais na sociedade.

Ora, deixem-me dizer algumas coisas que já deveriam ter sido ditas, mas não se teve coragem (?):
a. O Brasil vive a política do "leva quem gritar mais alto". Ou seja, quem faz mais barulho, mesmo sendo a minoria, conquista o interesse de nossos políticos e ganha o direito de afrontar a maioria, usurpar seus direitos e conquistar tudo que quer. Afinal, as campanhas eleitorais amam movimentos que fazem barulho.
b. A grande maioria da população brasileira é contra a prática homossexual, apesar de serem, igualmente, contra a violência aos mesmos. Com toda certeza prefere que seus filhos sejam heterossexuais. Entretanto, muitos preferem não se manifestar contrários para evitar a discriminação (olha o absurdo!) e porque temem retaliações ou constrangimentos. Deste modo prefere dar uma resposta mais aceita. Parece piada! Onde está a liberdade? (eu que pergunto)
c. Embora sendo maioria, são os defensores do heterossexualismo que estão se sentindo discriminados (?). Agora, são os heterossexuais que estão se sentindo constrangidos de falarem de sua preferência sexual (??? Oi? Acho que não entendi).
d. É fato no comportamento humano que uma pessoa, ao ser exposta, prefere professar adesão àquilo que é modismo ainda que tal postura contrarie valores internalizados.
e. A grande maioria das famílias brasileiras entende que é muito cedo para que estas crianças sejam expostas a este assunto.
f. A grande maioria da população não deseja que seu filho seja exposto a desenhos, filmes, imagens e discursos que defendam a prática homossexual (embora seja favorável à promoção da não violência e do respeito à escolha do próximo) (nossa, nem parece com todo esse discurso...), e prefere que este assunto seja amadurecido no ambiente familiar, no processo de educação que ocorre na relação entre filhos e pais.
g. A escola e o Estado violam o direito e o dever da família ser a responsável pela educação de seus filhos (?), inclusive em aspectos morais, éticos e na sexualidade, segundo preceitos que julgar melhor aos seus filhos.
h. A escola e o Estado violam o direito da criança e da família à livre consciência. Muitas crianças sofrerão conflitos internos com as divergências de valores entre a família e a escola, já que a grande maioria das famílias, não deixará de orientar seus filhos na heterossexualidade. De forma nenhuma isto é saudável.
i. À escola cabe o dever prioritário de educar nas ciências e à família pertence o direito prioritário de passar valores.
j. Em nome da coerência devemos lembrar que ao julgar entre os pais, a escola, o estado e os movimentos homossexuais, certamente que o direito de optar pela educação sexual da criança é dos pais. Qualquer posição contrária caracteriza uma violação de conceitos e valores muito bem alicerçados em nossa história, solidificados em nossa mentalidade e do quais as famílias em geral não abrem mão.

Portanto, se a escola e o Estado, sob a influência dos movimentos gays, implantarem tal ensino e tal cartilha estarão violando a democracia, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (?) em seus Artigos 18 e 19, a liberdade de consciência e de expressão de opinião, bem como os direitos naturais e históricos da família. Além disso, tal ato caracterizará o uso do serviço público e de todos - parece redundante dizer tal coisa! - para servir a uma minoria e a um propósito não comungado pela maioria. O estado democrático não pode impor tais agressões às consciências (???) do modo como tem intentado. A liberdade pretendida pelos homossexuais de optar e praticar suas preferências sexuais não lhes dá o direito de caçar a liberdade (?) daqueles que preferem outra prática e de ensiná-la aos seus filhos. Sendo assim, cansado de ficar calado e ver o povo brasileiro silenciar diante destes e outros abusos, manifesto minha concordância com o Deputado Jair Bolsonaro, declarando entender como absurdas as exigências (?) dos movimentos gays, a conduta do ministério da educação, do Congresso Nacional e do Governo.
O ministério da educação e o governo deveriam aplicar mais tempo e recursos na busca de melhoria do salário de professores, estrutura das escolas, saúde e segurança e temas de maior relevância para a população. (concordo plenamente, mas os direitos dos cidadãos também fazem-se necessários!)
Registro meu PROTESTO contra as exigências dos movimentos gays e o apoio que encontram junto ao governo, que concede todo tipo (?) de facilidades e investe altos recursos em materiais desta natureza, sem analisar com seriedade suas implicações. PROTESTO, igualmente, contra esta gana em mudar os valores da sociedade e da família brasileira (?), impondo (?) sua ideologia sobre a maioria, a revelia desta, sufocando seus valores, direitos e liberdades. Também PROTESTO contra as facilidades com que recebem recursos públicos (Tem quantos anos mesmo que lutam por direitos iguais? Parece que na bíblia fala de homossexualidade...) e usam da máquina pública em detrimento de outros seguimentos da sociedade. E, finalmente, PROTESTO contra as violações que intentam praticar às nossas crianças impondo-lhes a exposição de temas constrangedores, desrespeitando a individualidade de cada uma, inclusive com imagens.
Finalizo dizendo que apesar de discordar, reconheço a liberdade que cada um tem de fazer suas escolhas e mesmo de divulgá-las. Entretanto, requeiro igualmente, e não admito que seja violado (E quem é que está fazendo isso?), o reconhecimento do direito que os heterossexuais têm de acreditarem em sua opção como melhor, bem como de a exercerem, divulgarem e defenderem sem entraves,censura ou discriminação.
Sendo assim, neste caso, é melhor que o Estado não se meta. Neste assunto e outros mais quem ensina meus filhos sou eu cidadão brasileiro. Aliás, os cidadãos, que pagam impostos, não são separados por preferência sexual. Que o uso deste imposto respeite a todos. (Também concordo)

O que passar disto é ditadura gay.
Jota Araújo."



Como o tema é a diversidade, liberdade e igualdade de direitos, tivemos o texto acima contra os homossexuais, e agora seguimos com o vídeo de Fábio Miranda a favor dos direitos gays (cuja foto está representada ao lado deste parágrafo).

Para finalizar essa (enorme) matéria, quero parafrasear um trecho do texto do pastor Ricardo Gondim em entrevista à revista Carta Capital (que foi postada anteriormente a este texto):
"O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. (...) deve entender que nem todas as relações homossensuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade."

Au revoir

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Religião 1


Não irei colocar reflexões pessoais desta vez. Para começar a falar sobre religião transcreverei abaixo uma matéria da revista Carta Capital onde o pastor Ricardo Gondim discute sobre diversas coisas sobre a alcunha religiosa "evangélica" (coloquei entre aspas porque o nome verdadeiro é protestante, advinda do Protestantismo). Vagando pela internet esta semana, descobri esse texto deveras interessante, que é de muita sensatez e humanidade. Segue abaixo a matéria da revista, com bastante repercurssão pela rede:

BRASIL EVANGÉLICO??
Por Gerson Freitas Jr para a Revista Carta Capital


“Deus nos livre de um Brasil evangélico.” Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência. Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais. Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

CartaCapital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?
Ricardo Gondim: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento do número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos se dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?
RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos moldes do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.

CC: O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?
RG: Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da Igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, é o de facilitar a expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

CC: O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?
RG: O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way oflife de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui leem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos, de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é a de que Deus abre portas de emprego para os fiéis. Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?

CC: O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.
RG: Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

CC: Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?
RG: Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?
RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossensuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?
RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem, então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

CC: Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.
RG: Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.

Au revoir.

sábado, 4 de junho de 2011

Grande Prêmio de Cinema Brasileiro 2011


Nesta semana ocorreu a entrega do prêmio brasileiro de cinema. Foram muitos concorrentes e um dos maiores indicados [e premiados] foi o filme Tropa de Elite 2. Confiram abaixo a lista dos ganhadores do prêmio e suas categorias.

Melhor longa-metragem de ficção:
José Padilha. Produção: José Padilha e Marcos Prado por Zazen Produções, por Tropa de Elite 2

Melhor longa-metragem documentário:
Lírio Ferreira. Produção: Denise Dummont por Good Ju-ju, por O Homem que Engarrafava Nuvens

Melhor longa-infantil:
Toni Vanzolini. Produção: Toni Vanzolini, Eliana Soárez, Leonardo Monteiro de Barros, Luiz Noronha e Pedro Buarque de Hollanda por Conspiração Filmes, por Eu e Meu Guarda-Chuva

Melhor curta-metragem ficção:
Kleber Mendonça Filho, por Recife Frio

Melhor curta-metragem documentário:
Anna Azevedo, por Geral

Melhor curta-metragem de animação:
Cesar Cabral, por Tempestade

Melhor longa-metragem estrangeiro:
Juan José Campanella. Distribuição: Europa Filmes, por O Segredo dos Seus Olhos

Melhor direção:
JOSÉ PADILHA, por Tropa de Elite 2

Melhor atriz:
GLÓRIA PIRES como Dona Lindú, por Lula, O Filho do Brasil

Melhor ator:
WAGNER MOURA como Nascimento, por Tropa de Elite 2

Melhor atriz coadjuvante:
CASSIA KISS como Iara, por Chico Xavier

Melhor ator coadjuvante:
ANDRE MATTOS como Dep Fortunato, por Tropa de Elite 2
CAIO BLAT como Artur, por As Melhores Coisas do Mundo

Melhor direção de fotografia:
LULA CARVALHO, por Tropa de Elite 2

Melhor direção de arte:
ADRIAN COOPER, por Quincas Berro D`Água

Melhor figurino:
KIKA LOPES, por Quincas Berro D`Água

Melhor maquiagem:
ROSE VERÇOSA, por Chico Xavier

Melhor efeito visual:
DARREN BELL, GEOFF D. E. SCOTT e RENATO TILHE, por Nosso Lar

Melhor roteiro original:
BRÁULIO MANTOVANI e JOSÉ PADILHA, por Tropa de Elite 2

Melhor roteiro adaptado:
"As Vidas de Chico Xavier" de Marcel Souto Maior. MARCOS BERNSTEIN, AC, por Chico Xavier

Melhor montagem ficção:
DANIEL REZENDE, por Tropa de Elite 2

Melhor montagem documentário:
RAPHAEL ALVAREZ, por Dzi Croquettes

Melhor som:
ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e LEANDRO LIMA, por Tropa de Elite 2

Melhor trilha sonora:
GUTO GRAÇA MELLO, por O Homem que Engarrafava Nuvens

Melhor trilha sonora original:
JAQUES MORELENBAUM, por Olhos Azuis

Por hora é só.
Au revoir.