segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Religião 5 - O desenvolvimento e a transformação

Dando continuidade ao assunto, gostaria de abordar aqui essas duas questões: religiosidade e espiritualidade. Na verdade acho que não tem muito o que falar, tendo em vista todas as coisas que já publiquei sobre o assunto (reveja aqui e aqui).

Religião existem várias ao redor do mundo e servem para dar início à grande jornada de encontro com Deus; já a espiritualidade é bem mais ampla, profunda e verdadeira (e que demora mais tempo para se perceber, compreender e aplicar). Religião são os primeiros passos pelo caminho do auto-conhecimento, onde o homem tem os primeiros contatos com o mundo espiritual, passando a representá-lo, percebê-lo e apresentá-lo a outros de sua espécie, construindo-o a seu bel-prazer e de forma a atender a seus interesses. Desta forma, podemos notar a forma como este contato foi se desenvolvendo e onde isso vai dar, ou seja, como a religião foi se transformando ao longo de anos a fio até chegar à espiritualidade.

Desde o início dos tempos o homem veio construindo seu contato com o plano superior, começando pela criação de um enorme panteão dos deuses como forma de explicar os fenômenos da natureza. Estamos falando então do politeísmo que se fez presente em variados povos e lugares, como nos índios americanos e na cultura grega, tanto animais quanto humanos. Esses deuses, apesar de considerados perfeitos, apresentavam várias facetas imperfeitas, isto é, poderiam ser classificados como "humanos super-poderosos" (pois apesar de tanto poder e responsabilidade, sentiam raiva, ódio, carinho, generosidade, humildade, curiosidade, ansiedade e até formavam famílias - inclusive com os próprios humanos como no caso do semi-deus Hércules). Pulando um pouco da história, chegamos ao monoteísmo, isto é, onde um único deus está no comando. Há ainda os ateus (que não acreditam em nenhuma força superior).

A religiosidade vêm sendo construída por homens e para os homens, mas no que isso vai dar? A resposta é espiritualidade. A transformação é lenta e gradativa, e não pode ser de forma diferente, pois cada um tem um ritmo para caminhar. Isto também está implicado a evolução das pessoas, digo, evolução espiritual. Isso já uma outra história e entra um pouco em outros assuntos (como reencarnação e Lei de Causa e Efeito), coisa que posso abordar posteriormente. O que nos interessa agora é que, à medida que se percorre o caminho da ascenção, a criatura vai transformando a religiosidade em espiritualidade. Como assim? Explico melhor.

Dentro de cada religião há suas características egoísticas (o que pode caracterizar-se como sectarismo religioso) de acordo com o que se interessa, isto é, seus rituais, indumentárias, linguagem e, principalmente, a ideia que se quer passar para as pessoas para que elas façam parte de sua religião em particular. À medida que se vai espiritualizando, a criatura começa a tomar posse do verdadeiro tesouro, acessando informações/conhecimentos para o bem coletivo, começando a despertar muito mais para o que realmente viemos. Desta forma, a espiritualidade pode ou não estar atrelada à religiosidade. Mas uma não tem necessariamente a ver com a outra. Onde podemos ver isto? Temos o exemplo de Madre Teresa, Sócrates, Buda, Joana d'Arc, Gandhi, Francisco de Assis e o próprio Jesus. Apesar de estarem inseridos em um contexto religioso, conseguiam perceber e fazer algo muito além/acima do que apenas seguirem os ritos e dogmas a que eram impostos.

Como se pode perceber, até mesmo quem menos se espera pode ser mais espiritualizado que nós mesmos ou quem nós consideramos que seja (como padres, pastores, o Papa, o mestre desta ou daquela religião). Como cada pessoa é uma (há pessoas e pessoas, de todos os tipos - boas e más, amarelas e negras, godas e magras etc - e em todos os lugares) e se encontra num nível evolutivo diferente (o que também se pode entender como consciência espiritual ou coisas dessa natureza), podemos encontrar ateus que são mais bondosos e caridosos que o próprio bispo, ou judeus com uma percepção maior que os espíritas, ou ainda hindus mais conscientes que mulçumanos, ou protestantes mais evoluídos (espiritualmente falando) que budistas. Para alguém menos consciente, a religião está acima de qualquer coisa, mas o tempo passa, as coisas mudam e as pessoas melhoram. Do mesmo jeito que o politeísmo convergiu no monoteísmo, a religiosidade se transformará e dará lugar à espiritualidade. Pessoas espiritualizadas existem em todos os lugares, mas são poucos. O que encontramos com maior frequência são pessoas religiosas.

É neste sentido que eu disse que anteriormente que o espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões. Entende-se com isso que dentre as atuais religiões, o espiritismo é a que se encontra com a maior parte da "grande verdade" desvendada, isto quer dizer que esta religião pode ser compreendida em facetas variadas, tanto do cunho religioso e moral, quanto filosófico e até mesmo do raciocínio e da lógica. Da mesma forma que o Catolicismo foi tomando espaço de religiões onde vários deuses eram cultuados (inclusive com animais misturados), o Espiritismo também se sobreporá às demais religiões, mas de forma branda, passífica e natural. Não quero dizer que o Espiritismo é o melhor, pois ela, assim como as demais religiões, irá acabar um dia. Nós não vamos parar por aí, pois temos que comer muito arroz e feijão ainda pra conseguir chegar na metade do que Jesus foi quando esteve aqui entre nós (cito ele porque é a personalidade com maior espiritualidade ou nível evolutivo que conhecemos). Como pode-se ver, a tendência da religião é ir sumindo gradativamente, pois não precisaremos mais dela.

Para finalizar, reafirmo o que eu tinha dito na publicação anterior: todas as religiões, em sua essência, falam as mesmas coisas, porém de formas distintas. O que quero dizer com isso é que a dita Verdade Absoluta já nos foi passada em doses homeopáticas e está presente em todas as religiões, porém, à medida que o homem foi se espiritualizando mais, estas medidas se tornaram um pouco maiores e mais profundas. É neste contexto também que pode-se entender a passagem das demais religiões para o Espiritismo, onde algumas verdades não poderiam ser discutidas ou não tinha parâmetros ou mesmo por falta de conhecimento mesmo do mundo espiritual. Com o Espiritismo elas ficam mais claras, porém isto não significa um ponto final. Como já havia colocado: a religiosidade é apenas o primeiro passo para que se possa chegar à espiritualidade (e que também, provavelmente, irá se transformar no futuro em algo maior e mais profundo, pois a evolução é contínua).

Namastê. Au revoir.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Religião 4

Chegou a hora! Depois de 3 publicações sobre o tema religião (religião 1, 2 e 3 e a diferença entre religião e espiritualidade), resolvi escrever o que penso a este respeito. É um tema tão amplo, que nem sei por onde começar. Como todos sabem este é um tema que carrega arraigado bastante preconceito e tabu, tanto que é muito conhecido aquele ditado: política, religião e futebol não se discute. Pois eu digo que é dever de todos não só discutir, mas principalmente refletir. Nesta publicação falarei apenas sobre religião, transcrevendo o que penso; em outra publicação falarei sobre o desenvolvimento da religiosidade até chegar na espiritualidade. Então, mãos a obra!

Posso falar mais especificamente citando como exemplo, por ter maior conhecimento de causa (e por ser também o catolicismo a maior religião do país, portanto mais conhecida por todos), o catolicismo e o espiritismo, devido ao fato de ter crescido católico e me tornado espírita (ou seja, meio que me concedo "licença pra falar" de ambas). TODAS as religiões são ótimas, bem-vindas e de extrema importância, porém ela está se perdendo e perdendo sua força. Explicarei mais a frente.

As religiões começaram a existir pela necessidade do homem entrar em contato com o Ser Superior e foram se desenvolvendo ao longo dos anos e séculos. Existem várias pelo mundo e outras ainda podem surgir, pois o homem também a criou (e cria) ao seu bel-prazer pra suprir suas necessidades (que também podemos classificar como egoísmo, no caso). Ainda vimos ao longo da história, a religião atrelada à política. Isso não existe mais no nosso país, mas ainda existe em outros lugares do mundo. É importante que se tenha em mente que religião é uma coisa, o Estado é outra e o homem que a cria é outra. Porque estou falando isso? Porque alguns podem confundí-la ao verem um chefe de Estado utilizando-a como veículo de controle de seu povo (o que já aconteceu no mundo e ainda acontece) ou podem falar que tal religião não presta, sendo que o que está "errado" é seu criador ou quem está no "comando". Estes tipos de coisas confundem muita gente.

A religião em si é pura, porém incompleta. O que eu quero dizer com isso é que o conceito é de grande valia, mas sua forma de manifestação e seu papel no mundo ainda falha em alguns pontos e deixa a desejar. Explico-me: em sumo, o papel da religião é desenvolver o homem em sua capacidade divina, fazendo-o chegar a Deus através de si, porém o que vemos é que ela faz isso até determinado ponto, estagnando em seguida. Ela fica presa a várias amarras (como rituais etc) que não a desenvolvem e nem levam seus seguidores a diante até seu desenvolvimento completo. Apesar disto, é compreensível, justo e (embora incompleto) está correto, pois a religião leva o homem até uma parte do caminho e daí em diante ele segue com suas próprias pernas. Para isso basta que tenha percepção e isto depende diretamente do seu nível de consciência evolutiva. Cada pessoa tem uma evolução, portanto enxerga as coisas de acordo com suas experiências. Desta forma, todas as religiões estão aí para suprir as necessidades de cada um de acordo com seu nível de entendimento! Ou seja, cada religião se faz necessária (exatamente como elas são em suas expressões e representações) para que determinados indivíduos possam compreender algumas coisas e seguir a diante.

Obviamente não concordo com algumas (talvez muitas) coisas que vejo por aí. Como exemplo vou pegar o Catolicismo. O motivo de não ter seguido com esta religião é que me sentia muito preso (como se faltasse algo também) e por ela ser muito contraditória (até antiquada em algumas coisas). Ela ta dá respostas limitadas ou não tem respostas pra algumas coisas (é mistério de Deus ou o famoso "porque Deus quis"); fala que todos são filhos de Deus, mas não aceitam homossexuais (como outras religiões), profissionais do sexo ou que seus fiéis concebam outras ideias além daquelas que pregam (abracem também outras religiões); pregam contra o aborto (ou, como eu prefiro e concordo, é a favor da vida), mas são contra o uso da camisinha e contraceptivos; falam (quase que ditam regras) de como você tem que ser na vida, tem que se confessar, batizar e crismar para ter lugar no paraíso, não te deixando caminhar com as próprias pernas (ou "pecar") e "receber segundo suas obras"; falam que todos são filhos de Deus e Ele é o maior, Pai de todos, mas acreditam em demônios e que exista outro ser superior (o famoso diabo, satã ou seja lá que nome dão a ele) tão forte quanto o próprio Deus mas que é contrário a ele; exaltar tanto assim Maria, mãe de Jesus (as vezes até venerá-la mais que Jesus, vide o próprio terço - que tem 10 Ave-Marias para 1 Pai Nosso - ou a oração do Salve Rainha), e até o próprio Jesus ser colocado como se fosse o próprio Deus; assim por diante. Admiro quem entenda e aceite, mas (embora aceite e compreenda) eu não consigo conceber tantas contradições e as vezes hipocrisia. De certa forma, se confessar e rezar não sei que tanto pra se ver livre dos pecados é como colocar sua responsabilidade não mão dos outros, quando esta depende apenas de nós mesmos. Ou mesmo quando rezamos pra determinado santo, queremos que eles façam o que nós deveríamos fazer. Sem contar as inúmeras guerras, o acobertamento de pedofilia ou atrocidades que a igreja fez "em nome de Deus". Acredito que coisas como o celibato e a constituição da família por padres deveria ser coisas que mereceriam ser revistas. A igreja (o Papa ou seja lá quem for) parece querer que essa ritualística permaneça estagnada nos dias de hoje como era há 100 anos atrás. Os tempos mudaram e é necessário que se abitue e se modifique com ele.

De forma parecida são os protestantes (vulgo crentes ou evangélicos), sobre a questão de demônios, céu e inferno, não "aceitar" outras religiões (quem não for protestante não será salvo) e homossexuais. Ainda há outros como se Deus é tão bom, justo e amoroso, porque ele castiga, pune e condena os próprios filhos a nascerem ricos e saudáveis quando outros nascem miseráveis, doentes e famintos ou quando morrem porque são condenados a queimarem no fogo do inferno para toda a eternidade quando outros merecem o céu? A quase total negligência de Maria e a gigantesca exaltação a Jesus sendo na imensa maioria das vezes colocado maior até mesmo do que Deus, seu Pai (essa semana fiquei um tanto estarrecido quando vi num carro o adesivo "Jesus é Deus"). Ainda há o esteriótipo do protestante (bíblia embaixo do braço e mulheres de saias longas e cabelos enormes) que ajudam a manter o preconceito, mas muitos também não fazem por onde para se ajudarem. Gritam aos sete ventos que tem que pagar o dízimo e que se não aceitarem Jesus em seus corações não serão salvos (maneira diferente de dizer que as pessoas têm que entrar pra igreja). Uai, Deus cria seus filhos para se perderem e fica por isso mesmo? E ainda não acreditam em santos e qualquer um pode fazer um milagre junto ao Espírito Santo, do mesmo modo como Jesus fazia. Têm todas as frases da bíblia decorada na ponta da língua e para todas as perguntas têm um versículo para recitar, porém se saírem um pouco desta rota se perdem e nada respondem. Como se pode nos dias atuais levar ao pé da letra tudo o que está escrito como verdade absoluta? Não devemos esquecer que este livro sagrado foi escrito em uma cultura diferente, em tempo muito diferente e que sua tradução ao longo dos anos pode ter se perdido do original (e não estou nem mensionando que quem escreveu ou quem traduziu pode ter traduzido errado uma palavra ou uma frase e também pode ter imprimido na bíblia aquilo que eles mesmo tinham como verdade, e não como estava escrito). A bíblia foi escrita por homens, portanto obviamente pode ter sido (o que tenho como certeza) manipulada. Talvez ao invés de decorarem tudo, deveriam colocar em prática o que Jesus ensinou. Mas verdade seja dita: apesar de todo esse "fanatismo", pouco se vê em outras religiões tamanha fé (ao menos é o que parece), entusiasmo, força e devoção. Pelo menos é isso o que sinto ao ouvir as músicas gospel (que inclusive eu adoro).

O Espiritismo já é mais aberto, mas nem por isso deixa de ter falhas. Há alguns anos estudo esta doutrina com tripé filosófico, religioso e científico, e foi onde realmente me senti à vontade. Esta é a religião que mais me atrai porque os assuntos não são vedados, todas as perguntas têm respostas (e se não tiver pelo menos temos base para começar a procura por esta e pode ser discutido com outras pessoas as possibilidades existentes), é explicado as aparentes injustiças do mundo através da Lei de Causa e Efeito (ou Ação e Reação), a esperança, a evolução e a nova oportunidade de reaprendizado através da reencarnação (onde todos têm quantas oportunidades lhes forem necessárias para o auto-aprimoramento, sem essa de condenação, nem céu imediato nem inferno eterno) e a mediúnidade como forma de intercomunicação com o mundo espiritual. Porém ainda estão presos a alguns cabrestos, como o grande enfoque no fenômeno mediúnico (por vezes se esquecendo da caridade e do próximo) e a tentativa de trazer todas as pessoas para esta doutrina, ainda que de forma sutil. Quanto ao aspecto de caráter científico é porque se pode explicar e comprovar as coisas que ela prega (o que me deixa encantado, pois tudo tem uma lógica, um raciocínio, não ficando apenas no achismo ou coisas vagas). De todas as religiões atuais, é a que mais genuína e pura no que diz respeito aos propósitos do homem na Terra, a que mais se aproxima da grande "verdade absoluta", do verdadeiro Deus e do verdadeiro Amor. Por isso é que se diz que o Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões, pois é a que realmente coloca o homem em contato com o plano superior e consigo mesmo ao mesmo tempo, isto é, a que está mais ligada à espiritualidade em detrimento à religiosidade.

O Hiduísmo também é maravilhoso, mas ainda é politeísta com muitos deuses presentes em sua ritualística. Além do que o sistema de castas está muito ultrapassado e torna uns indivíduos superiores a outros, quando na verdade são todos iguais. Inclusive foi proibido, porém é muito complicado fazer "sumir" um sistema cultural de um país com milhares de anos de enraizamento. Também não se pode quebrar o ciclo das reencarnações, pelo menos não como eles pregam. O Budismo também é maravilhoso, trazendo as 4 Grandes Verdades de Buda para que o homem possa encontrar seu caminho de auto-iluminação. Através da meditação se chega ao auto-conhecimento, porém acho que peca com tanto enfoque no auto-conhecimento e disciplina e não exercitando a caridade e o amor ao próximo. Tem que beber das duas águas para se evoluir: a teoria e a prática, a sabedoria e o amor. São estas as duas asas do anjo. Os Hare Krishnas também têm uma alegria imensa que trasmitem através da música, mas, parecido com os protestantes, do que vale tanto louvor e tanta cantoria se não praticam? Podem então falar "Mas eles fazem os trabalhos da comunidade e tal". Sim, mas isto se estende a uma comunidade restrita, enquanto o mundo é muito maior e tem outros problemas (como violência, drogas, prostituição, fome etc).

Sobre o Islamismo, isto é, o povo mulçumano não posso falar muita coisa devido à minha falta de conhecimento sobre os mesmos. O que sei é que me disseram que o corão é tão bom e tão lindo quanto a bíblia e outros livros sagrados. Ainda tem o Santo Daime que mexe com aquele chá da ayahuasca (que é alucinógeno), que serve para aumentar o potencial psíquico para entrar em estado alterado de consciência, para entrarem em contato com o plano espiritual. Eu me pergunto pra que isso, já que temos à nossa disposição recursos menos invasivos e mais saudáveis como a meditação e a respiração, que servem aos mesmos propósitos. Existe também o Xamanismo que faz parte do meio indígena.

Existem ainda outras diversas religiões (como Zoroastrismo, Xintoísmo, Umbanda, Confucionismo, Taoísmo, Judaísmo, Fé Bahá'í, Agnosticismo, entre muitas outras), cada um com seus preceitos, crenças e ritualísticas, bem como os ateus (Ateísmo) e qualquer um pode criar uma outra ao seu gosto. O que é importante é que não nos esqueçamos que a religião se faz necessária, mas apenas por enquanto, pois ela é um meio, um caminho para se entrar em contato com nosso Pai. Só; e ponto. Não devemos levar ao pé da letra nem tê-la como verdade absoluta, portanto. Em sumo, todas as religiões, em suas essências, falam a mesma coisa, mas se expressam de formas diferentes em maior ou menor grau, com maior ou menor clareza. Isso sem contar o quanto é bonito ver quando se juntam por alguma causa (ou mesmo sem uma, o que é ainda melhor), como por exemplo freiras em congressos espíritas, budista com protestantes ou católicos no meio hindu (como foi com Madre Teresa). Isto é pra falar que não se deve concorrer para ver quem é o melhor ou quem tem mais fiéis. De qualquer forma, há a religiosidade e a espiritualidade que são coisas distintas. E é sobre isso que tratarei na próxima publicação.

Namastê.
Au revoir.