domingo, 20 de maio de 2012

Contos, poesias, frases e afins - 5

Oração Nossa - Chico Xavier

"Senhor ensina-nos a orar, sem esquecer o trabalho.
A dar, sem olhar a quem.
A servir, sem perguntar até quando...

A sofrer, sem magoar, seja quem for.
A progredir, sem perder a simplicidade.
A semear o bem, sem pensar nos resultados...

A desculpar, sem condições.
A marchar para frente, sem contar os obstáculos.
A ver sem malícia...

A escutar, sem corromper os assuntos.
A falar, sem ferir.
A compreender o próximo, sem exigir entendimento...

A respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração.
A dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de reconhecimento...

Senhor, fortalece em nós, a paciência para com as
dificuldades dos outros, assim como precisamos da
paciência dos outros, para com as nossas próprias
dificuldades...

Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós...

Auxilia-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta, será invariavelmente, aquela de cumprir seus desígnios onde e como queiras,
hoje, agora e sempre."





Namastê. Au revoir.

sábado, 12 de maio de 2012

Doação

"Deixo minha visão ao homem que jamais viu o amanhecer nos braços da mulher amada.
Deixo meu coração à mulher que vive exclusivamente para fazer o coração de seu filho feliz.
Deixo meus rins às pessoas que tiveram seus sonhos interrompidos, mas que ainda os cultivam.
Deixo meu pulmão ao adolescente que quer gritar ao mundo mais uma vez ‘eu te amo'.
Deixo meu fígado para aqueles que não tinham esperança na recuperação.
Deixo ossos, pele, cada tecido meu, à criança que ainda não descobriu o que é viver por inteiro.
Deixo a você o meu exemplo.
Deixo à minha família o desejo de ser um doador.
Deixo para a vida, enfim, um recado: nós vencemos!
Seja um doador de orgãos. Seja um doador de vidas."

 Mensagem de um doador anônimo.
Segue o vídeo para quem quiser acompanhar:







Doe-se!
Namastê. Au revoir.

domingo, 6 de maio de 2012

Vegetarianismo - 2

Bem, como parece que ficaram pendentes questões relacionadas a este assunto e que gostaria de ter abordado, mas não tive tempo suficiente (ou que me esqueci mesmo), resolvi explorá-lo um pouco mais incitados por um dos comentários sobre o tema que utilizei como base. De certa forma é como se repetisse o que já tinha dito, mas ainda tem-se o que pensar. E se pensarem em outro ponto de vista, tiverem outras informações ou outra abordagem/exemplo relacinado ao tema que não encontraram aqui, favor compartilhar.

Este é o tipo de assunto que, como já havia dito, causa muitas discórdias porque cada um quer colocar (impor) seu ponto de vista, sua opinião e julgando os demais de ideias contrárias, agredindo e criticando, tomando aquilo como verdade absoluta e iniciando sempre uma disputa boba. Acredito que o texto escrito por mim anteriormente tenha se tornado interessante por ser informativo. Reafirmo o mesmo de antes: eu trouxe informações para que cada um forme sua opinião, embora eu já tenha a minha própria. Afinal, a questão vai além do que vc coloca no prato.

Como escrevi da outra vez, o impacto ambiental vai além de fazendas de criação, áreas verdes transformadas em pastos e abatedouros: também nos diz sobre os direitos dos animais e sobre consumismo. São problemas econômicos, sociais, ambientais e nutricionais. Porque? Quantos não são as aves que morrem para enfeitar o carnaval brasileiro, quantas pessoas ricas não se vestem com casacos de pele e usam bolsas e sapatos de couro de avestruz, jacaré ou bovinos e quantos são os animais que acabam em vidros e potes de cosméticos? Ou por exemplo se ao invés de comer carne uma pessoa aumenta a quantidade de sódio, carboidratos, gorduras, produtos industrializados, condimentados e conservas diversas. Da mesma forma que não adianta nada a humanidade se tornar vegetariana se não fizer a rotatividade correta das áreas de cultivo para nutrição e regeneração do solo ou utilizar muitos agrotóxicos para eliminar as doenças e pragas que atacam as plantações, prejudicando assim o meio ambiente, a saúde humana e animais de toda sorte que têm ligação direta com isto (como minhocas, pássaros, abelhas etc).

Em tempos distantes era necessário, e aceitável portanto, que o homem matasse para ter o que comer no que diz respeito aos valores nutricionais, quantidades de nutrientes necessários e na quantidade de fontes de alimentos disponíveis ao nosso dispor. Passado o tempo, o homem aprendeu a cultivar lavouras e aperfeiçoá-las, além do que também aprendemos a conservá-los mais para que pudéssemos trocar verduras, legumes e frutas das mais diversas com o mundo todo. Graças a isso temos a possibilidade de comer uma fruta japonesa aqui no Brasil e, portanto, não temos "necessidade" de comer carne para nos nutrirmos de forma adequada. Eliminamos, assim, a necessidade de caça e a pesca, ou pelo menos de diminuí-la. Mesmo que o planeta passasse a ser vegetariano teríamos outros problemas para resolver, pois continuaríamos com problemas de distribuição de renda e miserabilidade, sem contar que países realmente pobres como a África come-se o que tem para comer, sem direito a escolha. Portanto, para que isso possa se tornar realidade (o que ocorrerá daqui há, digamos, 100 anos), faz-se necessário a conscientização do ser humano, uma reforma de bases e educação (não só educação-educação, mas também a educação alimentar).

Para finalizar, vou falar novamente sobre a famosa cozinha vegetariana. Não é difícil fazer comida sem carne, mas a imaginação não nos permite ir muito longe, simplesmente porque para o cérebro da maioria das pessoas, se não tiver carne no cardápio, não tem refeição. As pessoas dizem "É, se não tiver carne na mesa parece que eu não comi" ou então "Se não tiver carne no meu prato eu não como/ não consigo comer". Sem contar os exageros, como havia dito na outra publicação: não basta fazer só macarrão com molho bolonhesa, tem que fazer também fricassê de frango e carne de sol frita. Ou então arroz com linguiça de frango, carne seca, calabresa e pedaços de carne de porco. E eu me pergunto para quê tudo isso. A digestão fica muito mais fácil se ajudamos nosso organismo com a alimentação mais leve. É um transtorno para alguém largar a picanha e trocar, um  dia que seja, por arroz, feijão e salada (quisá um ovo cozido). Mas é simples assim. A comida continua gostosa, pode ser bem variada (várias possibilidades de receitas) e é fácil/prática de se fazer, basta que tenhamos disponibilidade para aprender e vontade para fazer. Não precisa desesperar e ficar inventando moda; as pessoas ficam alarmadas. Conhecemos tantas receitas com palmito, tomate, milho, cenoura, queijo, grãos no geral (soja, grão-de-bico, tremoço, aveia etc) e outros vegetais e ficamos tão afixionados com a falta da carne que não conseguimos pensar em mais nada (é como se a criatividade e as receitas que conhecemos durante a vida fugisse, sumisse da nossa mente). Agimos como se o prato principal ou a mesa inteira como um todo girasse em torno da carne. Observem: tudo o que fazemos leva presunto, bacon, linguiça, peito de peru ou frango, entre outros. Assim realmente, se tirarmos pratos com carne parece que não temos mais nada o que comer e a mesa fica vazia e sem-graça. É tão mais simples tirarmos o presunto de algumas receitas ou coisas do tipo, e no caso de algumas receitas podemos também trocar de ingrediente. Mas as pessoas não param pra perceber isso (ou seja, não são conscientes disto), muito menos refletir.

Vou ilustrar com um fato ocorrido comigo esta semana. Fui ao aniversário do meu tio e minha tia disse que tinha feito caldo de ervilha, mas... Tinha bacon e calabresa no caldo (não era de ervilha?). No restaurante tinha bolinho de legumes, mas... tinha presunto no meio (não era pra ser somente de legumes?). Ou no caso  da beringela com pimentões, mas... tinha salsicha no meio (não era pra ser beringela e pimentões?). Acho isso muito irônico e controverso, chegando a ser engradaçado. Não era pra ser só ervilha e só legumes, no caso acima? Depois, fazer comida "vegetariana" é que é difícil... (né Tati? ;] ) As pessoas colocam carne em tudo e depois não sabem como podem fazer uma comida que não tenha carne... Com isso, estou apenas dando exemplos. Isto não é, portanto, criticar ou julgar, falar o que é ou não para ser feito. Só acho que isso seja uma coisa controversa. Qual é a necessidade de se colocar qualquer tipo de carne numa receita que era pra ser sem carne? Aí alguém pode falar: "Mas essa comida orgânica e cheia de frescura é cara demais". Tudo bem, mas lembre-se que tudo na vida é investimento. Quando se é jovem tem-se dificuldade em pensar no futuro e quando ele chega e o resultado não nos agrada ficamos chateados por não termos feito esta ou aquela coisa. Comer carne, no caso, se equivale a passar o protetor solar: pode ser caro e trabalhoso agora, mas os resultados chegarão a longo prazo e serão espetaculares.

Bem, tenho a sensação que falta dizer mais alguma coisa (ou mais algumas coisas), mas não me lembro no momento. Além do que o tempo é curto e o texto ficaria longo demais novamente (e as pessoas com preguiça de ler). Era isso: trago elementos a favor e contra, para que possamos refletir sobre a forma de melhorar nossa vida. Ninguém é obrigado a nada, mas as opções estão aí para serem escolhidas. E bem escolhidas. As consequências só virão depois. Este é um trabalho árduo, difícil e individual, pois é preciso que a consciência dos homens estejam expandidas (isto é, conscientes de seus atos e que estes estejam de acordo com seus pensamentos e com o que falam). Por ser individual é complicado que ocorra com todos "ao mesmo tempo", pois cada um anda de acordo com sua vontade, com seu ritmo, ao seu tempo e passo-a-passo, sem pular etapas (como se isso fosse possível). Além disso, temos que seguir os ciclos da vida e nosso próprio ciclo. É necessário dançar com a vida: deixar que ela te leve, mas manter a base sólida e raízes profundas para não se perder (perder o foco, a coragem, a vontade, a força e a meta a ser alcançada). Caminhemos com a vida, mas ela sempre corre para frente, sem nunca retroceder. E cada um ao seu tempo. Como dito em  uma frase de autor desconhecido que gosto: "Escolher é sacrificar. Que importa sacrificar algo grande em troca de algo ainda maior?"

Namastê. Au revoir.