sábado, 29 de dezembro de 2012

Sexo 3 - Banalização Parte 1

Continuando o que eu falava sobre sexo, trago agora outro enfoque: o da banalização do sexo nos dias atuais.

É impressionante, embora esteja comum,  ver o que o sexo se tornou para a população mundial: fala-se de sexo abertamente (as vezes sem caráter e sem pudor), vê-se sexo na televisão ou no cinema sem muita vergonha, canta-se o sexo livremente, trata-se o sexo como objeto, faz-se a "moda do sexo"... Quero dizer que o sexo atualmente está passando por uma "transformação" nunca vista antes. Muito embora seja um assunto aberto ao todo tipo de público e muito falado, este ainda é um assunto envolto sob a névoa do tabu, do medo, da falta de informação. Sexo é um assunto natural, que vem sendo escrito através da história de uma coisa "anormal" (no início do Cristianismo, por exemplo) para uma coisa "normal", mas que intrigantemente tronou-se uma coisa mais que normal: é uma coisa tão comum, que agora é banal. Não pelo assunto em si, mas pelo modo como o tratam. Portanto o sexo nunca deixou de ser uma coisa natural, mas ao longo da história da humanidade foi sendo descoberta a tal ponto que está vulgarizada nos dias atuais.

Acho intrigante estarmos no século XXI, mas quando se toca em determinados assuntos os padrões parecem retroagir e se alterar para o século XIX. Posso citar o exemplo das conquistas femininas. É notório a enorme conquista que as mulheres vem tendo ao longo das décadas, como deixar o lar para trabalhar fora, direitos civís e poder de participação social e eletiva, mas quando se fala em sexualidade feminina elas se tornam, na maioria das vezes, o "sexo frágil". Para contrastar com tal fato vem (aparentemente), para alegria e libertação das mulheres, o livro Cinquenta Tons de Cinza, onde trata-se da posse do poder feminino de libertação do passivismo na cama. Há um ponto positivo do lado masculino também: depois de livra-se de preceitos e pre-conceitos (mesmo que em doses homeopáticas), eles também passaram a ter um maior cuidado com a aparência e a vaidade, coisas quase que exclusiva das mulheres.

O retrocesso que a maioria insiste em permanecer estagnado também recai sobre os direitos humanos, genericamente representados pelos homossexuais, transsexuais e todos aqueles que aparentam um desvio do comportamento padrão da sociedade atual e do que se dita como normalidade. Outro assunto que merece a atenção sobre o tema pautado e já discorrido posteriormente na publicação anterior, é sobre a sexualização da música. Está explícito nas músicas, direta ou indiretamente, seja no ritmo ou seja na letra. Não digo sobre a sensualidade, que é natural em qualquer música (mas evidenciado em maior ou menor quantidade neste ou naquele ritmo, nacionalidade, melodia, cantor ou fragmentos específicos). Desta forma, não há como não correlacionar diretamente com o funk, zouk, axé e sertanejo (basicamente), especialmente quando se trata do escracho e desvalorização do ser humano em qualquer aspecto (tanto na dualidade sexual - homem e mulher - quanto nas relações interpessoais entre os mesmos - relacionamentos: amizade, "amor", traições, ciúmes, rancores e vingança); o que me deixa entristecido, como também já coloquei antes, por utilizar de forma pouco recomendável um instrumento tão puro, libertador, emocionante, hipnotizante, manipulador, sagrado, encantador e poderoso quanto é a música.


Como esta publicação ficaria muito grande, separei em 2 partes.
Namastê. Au revoir.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Pausa pra passagem de ano!

Fiz uma parada meio obrigatória, mas não esqueci deste meu cantinho.
Em breve estarei de volta, dando sequência às minhas discussões!

Enquanto isso, aguardemos o natal na noite de hoje e festejemos o ano vindouro de muitas bênçãos!
Namastê. Au revoir.