segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Justiça ou vingança? - 2

Já fiz uma publicação sobre o tema aqui e fiz uma pequena abordagem aqui. Como é um assunto que está na boca do povo, vou aproveitar pra falar novamente sobre o assunto.

O tema tem se tornado popular graças à novela Avenida Brasil, onde mostra a personagem Nina/Rita em busca de justiça contra o mal sofrido na infância pela madrasta Carminha. Na revista Veja também foi abordado o tema há 2 ou 3 semanas atrás justamente pelo mesmo motivo (ilustrado na foto ao lado). Uma das frases mais conhecidas para fazer a propaganda da novela é "Até onde você iria por justiça?". E é uma boa frase para se pensar. Da primeira vez que abordei o tema, falei sobre a personagem vivida por Glória Pires que foi presa injustamente graças a um homem que a usou se fazendo passar por namorado. Após sair da cadeia ela volta para se vingar. Não é muito diferente do que passa na novela agora. A menina Rita cresce como Nina, mas não consegue se livrar da sede de vingança. Mesmo tendo sido adotada por uma família argentina, depois de anos ela volta para fazer "justiça". Isso mostra como o ódio corroe por dentro. Tanto tempo se passou e ela não conseguiu esquecer, perdoar e seguir em frente. Pior: passou por cima de seu amor, do seu futuro e dos seus princípios e valores, tudo em nome da vingança. Ver a "mocinha" reunida com a vilania, discutindo coisas de origem dividosa ou sendo dissimulada com todos não é das sensações mais agradáveis. Tanto que esta mocinha não tem tido tanta audiência na rua ou na mídia (visto que a atriz não tem sido chamada para fazer comerciais e afins, coisa que normalmente os mocinhos fazem). Aliás, a personagem Nina foi inspirada, mesmo que indiretamente, no pernsonagem principal do filme O Conde de Monte Cristo. Ao longo da novela foram levantados diversos "debates" e diálogos entre os personagens sobre o que é justiça e o que é vingança. Vários personagens tentaram convencer a personagem principal de dar a volta por cima e seguir a vida, mas foi em vão. Isto claramente mostra que quem manda é nossa força de vontade, quem pode decidir é apenas nós mesmos.

 A vingança pode ser disfarçada de várias formas, mas não deixa de ser vingança. Como na ilustração que coloquei no topo, pode ser vista como uma brincadeira, mas não deixa de ser vingança. Se fazem alguma coisa prar nós, porque devemos responder à altura e da mesma forma? Porque foram violentos, sem-educação, egoístas, indiferentes etc, temos que ser também? Não vivemos mais sob a Lei de Talião e seu famoso "olho por olho, dente por dente", mas muitas pessoas pensam que sim. Como foi dito de forma magnífica por Mahatma Gandhi no filme (de mesmo nome) sobre ele mesmo: olho por olho e o mundo acabará cego. Outro ponto conhecido é o "herói" dos quadrinhos chamado O Justiceiro - ilustrado na foto ao lado - (e que poucos sabem que seu nome original em inglês é The Punisher, que significa em tradução livre O Punidor/O Castigador). Já saiu um filme dele em live action e estava para sair o segundo (do qual não sei em que andamento está), tendo feito o maior sucesso. E muitas pessoas estão, pelo menos de certa forma, de acordo com o roteiro e princípios do personagem. Da mesma forma que se regozijam com as pequenas vinganças do dia-a-dia, seja por que motivo for. O motivo pode estar certo, bem como a sede de justiça, mas como é que predendemos fazer isso: de maneira legal ou não legal? Me refiro ao certo e errado da personagem Nina, do Conde de Monte Cristo e do Justiceiro e também quando falamos "eu perdoo/perdoei", mas sente uma fagulha de alegria se qualquer coisa de errado/ruim acontece com a pessoa que nos machucou, mesmo que nós não tenhamos nada a ver com o que aconteceu a ela. Então também faço a mesma pergunta para que vcs possam responder a vcs mesmos: Até onde vc iria por justiça?

Algumas pessoas são como a Nina: querem justiça, mas acabam fazendo vingança. Isso remete ao que já falei aqui antes sobre o caso Nardoni, o caso do goleiro Bruno, o caso Cachoeira, o Mensalão ou qualquer outro assunto do tipo. Há pessoas que perdem a vida (ou parte dela) fazendo isso, querendo ou não. Assim foi com a personagem da Glória Pires e assim é com Nina, com o Justiceiro e o Conde de Monte Cristo. Há pessoas que guardam o que aconteceu e ficam remoendo, mesmo que inconscientemente. E há pessoas que sacodem a poeira e levam a vida à diante. A Nina não está sendo tão popular justamente por estar passando por cima de seus próprios valores para conseguir o que quer, inclusive atropelando as pessoas. Até um certo momento a população apoiou o que ela estava fazendo e até ficaram feliz, mas até certo ponto: tanto que não estão mais gostando tanto assim da personagem. Isso mostra claramente que, por mais feliz que fiquemos, uma hora tem que parar e ir em frente, seguir com a vida. Há pessoas que não conseguem e passam a vida amarguradas. conseguindo ou não, a questão é: o que vem depois? E o tempo que se "perdeu"? Qual seus objetivos na vida fora isso? Como seguir em frente?

Acho que o que fala mais alto quanto a este assunto é o caráter, os princípios e os valores. Pelo menos para mim. Deixo agora este trecho picado do filme V de Vingança (que, ao contrário do que parece, não se trata de vingança exatamente, mas sim de ideologias), onde se fala através de uma carta (e em cenas maravilhosas) espetacularmente sobre o tema integridade: "Nossa integridade é tudo o que temos. É o mais importante em nós. Mantendo nossa integridade, somos livres. Cada pedacinho do meu ser perecerá. Cada pedacinho... Menos um. O da integridade. É pequeno e frágil... É a única coisa que vale a pena ter: jamais devemos perdê-la, nem deixar que o tomem de nós. O que mais quero é que entenda a minha mensagem... Quando falo que mesmo sem conhecer você... E mesmo que talvez jamais conheça você... Ria com você, chore com você... Ou beije você... Eu amo você. De todo o coração... Eu amo você. Valerie".

Namastê. Au revoir.

domingo, 12 de agosto de 2012

Contos, poesias, frases e afins - 6

Devido ao tempo que fiquei afastado daqui, por motivos maiores, por terem surgido outras prioridades e pela falta de tempo (sempre ela...), publicarei hoje apenas algumas frases interessantes deixadas por Albert Einstein retiradas do site Pensador.

A liberação da energia atômica mudou tudo, menos nossa maneira de pensar.

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

A tradição é a personalidade dos imbecis.

O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.

O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.

Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade.

Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.

Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu.

Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado.

Nenhum homem realmente produtivo pensa como se estivesse escrevendo uma dissertação.

Quero conhecer os pensamentos de Deus...
O resto é detalhe

A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.

Deus não joga aos dados.

A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.

A religião cósmica é o móvel mais poderoso e mais generoso da pesquisa científica.

A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.

O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.

Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor.



Namastê. Au revoir.