terça-feira, 14 de junho de 2011

Igualdade de direitos?


É difícil acreditar em coisas como estas veiculando pela internet (e pela mídia). Embora estejam todos em seus direitos de opinião e expressão, mudaria o nome do email (ou do dito protesto) para Ditadura Heterossexual. Me envergonha ler coisa deste tipo, simplesmente por se tratar de violação dos direitos HUMANOS e, ainda pior, por querer passar por cima da maior lei defendida pela dita e tão mencionada maioria professada também por grande parte do mundo: A LEI DE AMOR. Onde está o tão famoso ditado "amai o próximo como a si mesmo" que tanto se professa? Isso é um tanto controverso...
Não há caça aos heterossexuais, violação dos direitos heterossexuais, imposição da minoria sobre a maioria, tolhimento da liberdade ou violação psicológica, ética, social, dentre outros quando se diz respeito às crianças. A heterossexialidade é bemvinda e necessária, principalmente para a perpetuação da espécie (e não que gays não possam ajudar e fazer parte desse processo também). Depois disso o que virá? O retorno da chibata, do tronco, invalidação dos direitos conquistados pelas mulheres, negros, estrangeiros, guerras em nome de Deus etc? Isso é radicalismo, fanatismo, retrocesso. Parecem animais demarcando e defendendo território. Sem contar que são discursos repetitivos e vazios. Até porque, mesmo que todos os direitos fossem legalizados hoje, as coisas ainda não funcionariam bem: temos o exemplo da abolição da escravatura e do direito das mulheres que, até hoje, recebem menores salários, são discriminados etc. Lembrete: toda conquista demanda tempo para se consolidar. O movimento de libertação da mulher (ou a abolição da escravatura) perdura há mais um século e em muitos países praticamente não saiu do lugar.
Desconheço totalmente o tal Kit Gay que inventaram, portanto não posso emitir opinião alguma a respeito. Devo ressaltar que uns poucos não podem atrapalhar o ganho de direitos da maioria. Quero dizer, não é porque existam gays que não se respeitem que a igualdade de direito deva deixar de existir. Assim também poderíamos falar do negros como exemplo: se alguns poucos negros fossem realmente ruins (roubando, vandalizando etc), não seria por causa deles que a escravidão deveria continuar existindo.
O problema está na (falta de) comunicação que houvesse equilíbrio e uma discussão sadia. As pessoas não sabem dialogar: ouvir e falar (preferem impor). Desta forma, quero destacar a importância de 2 frases: o ideal é que todos se respeitassem mutuamente e não somente no uso da liberdade de expressão. O "amai-vos uns aos outros" está longe de ser compreendido, sentido e praticado, mas o respeito já seria um grande avanço.
Não estou aqui para levantar ou defender nenhum tipo de bandeira, apenas acho que fazem tempestade num copo d'água. É passado da época de começarmos a nos tratar como irmãos. A igualdade de direitos faz parte desse processo. Lembre-se: devemos amar-nos uns aos outros, não ao contrário como estamos fazendo.

Segue o texto abaixo. Há (muitas) partes que considerei mais deselegantes (chegando a ser hilárias, tamanha a revolta da pessoa que se sente "atacada") e demoraria muito para destacá-las, de modo que optei por deixar o texto como foi escrito na íntegra. Apenas coloquei entre parêntesis opiniões pessoais no decorrer do texto. O que tiver entre parêntesis em itálico é o que o autor do texto colocou entre parêntesis).



"Ditadura Gay - por Jota Araújo.

Estamos vivendo a transição da democracia para qualquer outro modelo político e cultural que mais parece uma ditadura. Ainda nem bem amadurecemos a democracia e o Brasil já vive uma seqüência de acontecimentos, movimentos, decisões, imposições que a descaracterizam.
Em meio aos conflitos e intranqüilidades relacionados a princípios, valores e liberdade de consciência encontramos algumas posturas do governo ao instituir determinadas leis (ex. Pndh3), a questão do aborto e as diversas exigências dos movimentos homossexuais e simpatizantes (Lgbt).
Contudo, quero colocar em destaque, nestas linhas, as exigências homossexuais e seus absurdos seguidos pelo governo. Podemos constatar que os movimentos pró-homossexualismo e afins (?), se manifestando como verdadeira ideologia, querem implementar uma revolução cultural, moral e política (?) no Brasil. Estamos caminhando para uma ditadura político-cultural gay. Esta é a realidade que estamos vivendo.
De diversas formas, seus movimentos não pretendem apenas a proteção contra a violência e o respeito à sua cidadania, mas também e absurdamente, extirpar, condenar, punir todo sinal de posicionamento divergente, calar as consciências contrárias, disseminar, difundir a prática homossexual junto às crianças e, pasmem, ter o direito exclusivo (?) de ensinar sua opção como boa, saudável, melhor. (Nunca vi ninguém dizendo que essa é a melhor opção, até porque não acredito que as pessoas escolham ser perseguidas e agredidas por vontade própria)

Neste intento, percebemos três linhas de ação:
a. Dissipar com toda opinião contrária à prática homossexual fazendo calar a consciência dos demais através de leis. Usando deste mecanismo, defendem a criação de leis que façam calar opinião divergente como se o direito de praticar, defender e ensinar suas opções pertencesse somente aos homossexuais e simpatizantes. Isto é grave crime contra a democracia e contra a declaração universal dos direitos humanos, em seus Artigos 18 e 19.
b. Querem punição severa (achei que fosse apenas punição, como um crime qualquer... Mas posso estar enganado) para crimes contra homossexuais, mas este deveria ser direito de todo cidadão. Desprezando nordestinos, negros, pobres, etc. que são alvos de piadas ofensivas, tratamento indigno ou mesmo agressão, pretendem ser uma classe privilegiada (???), com direitos especiais (???), acima de qualquer crítica.
c. Querem formar uma nova geração com uma mentalidade forjada a partir de seus valores. Aqui entram diversas exigências de seu movimento e o controverso "kit Gay".
d. Ao convencer órgãos do governo e educadores a introduzirem nas escolas públicas o material denominado "Kit gay" e formas polêmicas de abordar a questão da homossexualidade, o movimento desrespeita a maioria da população e intenta destruir princípios de comportamento e valores caros à família e à história cultural da sociedade brasileira.
Neste propósito, estão usando o artifício de sufocar o direito inafiançável da liberdade e expressão daqueles que optam e defendem a heterossexualidade, bem como o de ensiná-la (não sabia que se ensinava a ser hetero ou homo). Esta é a ideologia das ditaduras: Para eles, todos os direitos, para os contrários, nenhum direito. Mas não termina aí. Sob os olhos e aprovação do Estado, estão roubando da família brasileira seu direito histórico, natural, cultural e democrático de orientar os filhos. Se valendo de leis e tais procedimentos, os construtores da ideologia Gay, com total apoio do Estado, ao mesmo tempo que intentam proibir (?) os heterossexuais de emitirem sua opinião, de defenderem e ensinarem seus filhos sua opção, ainda querem ter acesso a estas crianças, despertar-lhes a sexualidade agressivamente e ensiná-las sobre a opção homossexual, sem a permissão dos pais e de forma não aprovada por estes. Relembro que não se trata mais de uma questão de defesa contra a violência e da liberdade deles exercerem sua opção sexual. Este argumento já se esvaziou. O debate e objetivo de seus movimentos já ultrapassaram estes objetivos. Agora, o propósito é disseminar a prática homossexual e torná-la comum, no sentido de predominante (???), bem como de imprimir a supremacia (?) de seus ideais políticos, éticos, sociais, morais na sociedade.

Ora, deixem-me dizer algumas coisas que já deveriam ter sido ditas, mas não se teve coragem (?):
a. O Brasil vive a política do "leva quem gritar mais alto". Ou seja, quem faz mais barulho, mesmo sendo a minoria, conquista o interesse de nossos políticos e ganha o direito de afrontar a maioria, usurpar seus direitos e conquistar tudo que quer. Afinal, as campanhas eleitorais amam movimentos que fazem barulho.
b. A grande maioria da população brasileira é contra a prática homossexual, apesar de serem, igualmente, contra a violência aos mesmos. Com toda certeza prefere que seus filhos sejam heterossexuais. Entretanto, muitos preferem não se manifestar contrários para evitar a discriminação (olha o absurdo!) e porque temem retaliações ou constrangimentos. Deste modo prefere dar uma resposta mais aceita. Parece piada! Onde está a liberdade? (eu que pergunto)
c. Embora sendo maioria, são os defensores do heterossexualismo que estão se sentindo discriminados (?). Agora, são os heterossexuais que estão se sentindo constrangidos de falarem de sua preferência sexual (??? Oi? Acho que não entendi).
d. É fato no comportamento humano que uma pessoa, ao ser exposta, prefere professar adesão àquilo que é modismo ainda que tal postura contrarie valores internalizados.
e. A grande maioria das famílias brasileiras entende que é muito cedo para que estas crianças sejam expostas a este assunto.
f. A grande maioria da população não deseja que seu filho seja exposto a desenhos, filmes, imagens e discursos que defendam a prática homossexual (embora seja favorável à promoção da não violência e do respeito à escolha do próximo) (nossa, nem parece com todo esse discurso...), e prefere que este assunto seja amadurecido no ambiente familiar, no processo de educação que ocorre na relação entre filhos e pais.
g. A escola e o Estado violam o direito e o dever da família ser a responsável pela educação de seus filhos (?), inclusive em aspectos morais, éticos e na sexualidade, segundo preceitos que julgar melhor aos seus filhos.
h. A escola e o Estado violam o direito da criança e da família à livre consciência. Muitas crianças sofrerão conflitos internos com as divergências de valores entre a família e a escola, já que a grande maioria das famílias, não deixará de orientar seus filhos na heterossexualidade. De forma nenhuma isto é saudável.
i. À escola cabe o dever prioritário de educar nas ciências e à família pertence o direito prioritário de passar valores.
j. Em nome da coerência devemos lembrar que ao julgar entre os pais, a escola, o estado e os movimentos homossexuais, certamente que o direito de optar pela educação sexual da criança é dos pais. Qualquer posição contrária caracteriza uma violação de conceitos e valores muito bem alicerçados em nossa história, solidificados em nossa mentalidade e do quais as famílias em geral não abrem mão.

Portanto, se a escola e o Estado, sob a influência dos movimentos gays, implantarem tal ensino e tal cartilha estarão violando a democracia, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (?) em seus Artigos 18 e 19, a liberdade de consciência e de expressão de opinião, bem como os direitos naturais e históricos da família. Além disso, tal ato caracterizará o uso do serviço público e de todos - parece redundante dizer tal coisa! - para servir a uma minoria e a um propósito não comungado pela maioria. O estado democrático não pode impor tais agressões às consciências (???) do modo como tem intentado. A liberdade pretendida pelos homossexuais de optar e praticar suas preferências sexuais não lhes dá o direito de caçar a liberdade (?) daqueles que preferem outra prática e de ensiná-la aos seus filhos. Sendo assim, cansado de ficar calado e ver o povo brasileiro silenciar diante destes e outros abusos, manifesto minha concordância com o Deputado Jair Bolsonaro, declarando entender como absurdas as exigências (?) dos movimentos gays, a conduta do ministério da educação, do Congresso Nacional e do Governo.
O ministério da educação e o governo deveriam aplicar mais tempo e recursos na busca de melhoria do salário de professores, estrutura das escolas, saúde e segurança e temas de maior relevância para a população. (concordo plenamente, mas os direitos dos cidadãos também fazem-se necessários!)
Registro meu PROTESTO contra as exigências dos movimentos gays e o apoio que encontram junto ao governo, que concede todo tipo (?) de facilidades e investe altos recursos em materiais desta natureza, sem analisar com seriedade suas implicações. PROTESTO, igualmente, contra esta gana em mudar os valores da sociedade e da família brasileira (?), impondo (?) sua ideologia sobre a maioria, a revelia desta, sufocando seus valores, direitos e liberdades. Também PROTESTO contra as facilidades com que recebem recursos públicos (Tem quantos anos mesmo que lutam por direitos iguais? Parece que na bíblia fala de homossexualidade...) e usam da máquina pública em detrimento de outros seguimentos da sociedade. E, finalmente, PROTESTO contra as violações que intentam praticar às nossas crianças impondo-lhes a exposição de temas constrangedores, desrespeitando a individualidade de cada uma, inclusive com imagens.
Finalizo dizendo que apesar de discordar, reconheço a liberdade que cada um tem de fazer suas escolhas e mesmo de divulgá-las. Entretanto, requeiro igualmente, e não admito que seja violado (E quem é que está fazendo isso?), o reconhecimento do direito que os heterossexuais têm de acreditarem em sua opção como melhor, bem como de a exercerem, divulgarem e defenderem sem entraves,censura ou discriminação.
Sendo assim, neste caso, é melhor que o Estado não se meta. Neste assunto e outros mais quem ensina meus filhos sou eu cidadão brasileiro. Aliás, os cidadãos, que pagam impostos, não são separados por preferência sexual. Que o uso deste imposto respeite a todos. (Também concordo)

O que passar disto é ditadura gay.
Jota Araújo."



Como o tema é a diversidade, liberdade e igualdade de direitos, tivemos o texto acima contra os homossexuais, e agora seguimos com o vídeo de Fábio Miranda a favor dos direitos gays (cuja foto está representada ao lado deste parágrafo).

Para finalizar essa (enorme) matéria, quero parafrasear um trecho do texto do pastor Ricardo Gondim em entrevista à revista Carta Capital (que foi postada anteriormente a este texto):
"O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. (...) deve entender que nem todas as relações homossensuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade."

Au revoir

3 comentários:

  1. Concordo com você.Se as pessoas parassem pra pensar viriam que se quisessem que deixasse de ser hetero por exemplo;isso não seria possivél.Então deve se colocar no lugar do outro e ver como é dificíl.Agora existem os excessos,mas,estes não são exclusividade do mundo homo,também existe no hetero.E em ambos existe também pesssoas de caráter ,valores,discretas,que sabem que momentos íntimos é para serem íntimos e que respeitam os demais e a hora e o lugar em que estejam.Sobre os vídeos,acho desnecessário e um debate sobre a diversidade,o respeito e a conscientização ,estudos etc;mais produtivo.Assim como não acho necessário vídeos de casais heteros com o mesmo conteúdo (para tratar deste assunto com os alunos).Obrigada pelo retorno.LUZ.

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  2. Imagino que a mesma prossibilidade de uma pessoa homo se tornar hetero é a mesma que um hetero se tornar homo, ou seja: praticamente zero. Acredito que não deva ser apenas uma questão de querer simplesmente.
    Embora ache que este assunto esteja repetitivo e exaustivo (talvez por conta da grande exposição nos últimos tempos), é sempre válida a discussão sadia e respeitosa. Achei esse texto de Jota Araújo exagerado e vazio, não somente pela falta de argumentos lógicos e fundamentados como também por colocar uma opinião pessoal exagerada como uma verdade universal e generalizada. Normalmente esse tipo de coisa se torna invisível para mim.
    Agradeço por compartilhar suas ideias comentando. Vc é a única (o) a fazer isso aqui.

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  3. Agradeço pelo retorno mais uma vez.O que quis dizer foi nesse sentido também(não se trata de querer,alguns vão no embalo e são um pouco de tudo,seguem modismos;não sabem o que são e qual a sua identidade).Referindo-se a grupos,tribos que surgem de tempos em tempos também.Mas,quando se é mesmo,não se muda como alguém que troca de roupa.E estes já sofrem muitas vezes dentro de suas famílias,depois sofrem na sociedade.
    Mas,infelizmente a questão do preconceito atinge várias esferas,não só o que se refere a questão mencionada pelo texto.Sou a Luz.
    Abraço.
    Não importa a quantidade e sim a qualidade dos textos,blog de uma forma geral e o respeito nas participações.(sem precisar de apelações e baixar o nível,exibicionismos).E muitas vezes a pessoa participa lendo,pensando sobre o texto,refletindo ;mas acaba não comentando(por motivos diversos).Mas fico contente por saber que gostou destas participações(pensei ...este cara deve ficar pensando quem é esta figura ?)
    Nem sempre entendem ou respeitam as opiniões diferentes,acho que por isso que evitamos as vezes certos comentários.

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