sábado, 2 de junho de 2012

Quando o corpo fala

Acho que este é uma das coisas que poucos conhecem. E é verdade, não é somente com a voz e com os gestos que nos expressamos: o corpo fala por si!

Os mais atentos são capazes de ver, através do corpo, todo o histórico de uma pessoa e como ela realmente é, bem como também é capaz de perceber o que alguém pensa sobre alguma coisa em determinada situação sem mesmo emitir um som sequer. E é basicamente essa abordagem que farei aqui. Já vou adiantar minhas fontes. Para os interessados (e os curiosos também) tem um livro chamado O Corpo Fala e outro chamado Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal. O primeiro encontrei em formato PDF para quem quiser ler e baixar e o segundo encontrei para download também, basta acessar os links acima. Também existe um seriado interessante chamado Lie to Me, que junta ciência real com criatividade especulativa (para não dizer invenção fantasiosa) a respeito do assunto (e que utilizei como ilustração desta publicação, acima).

Podemos perceber como uma pessoa é, seu jeito, seus gostos e desgostos, quais os tipos de experiências que ela teve em sua trajetória de vida, sua possível profissão, entre outros. E para isso não precisamos que as pessoas falem verbalmente sobre tudo isso, porque nosso corpo fala mais alto, sempre. Podemos verificar diversos tipos de sentimentos: raiva, desgosto, surpresa, tristeza, medo, felicidade etc. Cada expressão facial, cada gesto, cada posição, cada seguimento do nosso corpo diz o que nem mesmo queremos. Um estudo que vi há uns anos atrás relatou que não é necessário mais que 10 segundos (se não estou enganado; ou é 2 minutos, não lembro) para conhecer um pouco das pessoas, saber se são simpáticas, se têm ideias compatíveis com as suas, seus gostos ou o que pensa sobre determinado assunto, entre outros. O inconciente pode até tentar, mas não vai conseguir. Obviamente têm pessoas que conseguem, após cursos, técnicas e métodos, inibir parte disto ou mesmo dissimular o que está pensando. Mas a maioria sequer sabia da existência disto.

Pois bem, podemos utilizar isso de muitas formas, para o "bem" ou para o "mal", como colocarei a seguir, o que pode tonar algumas pessoas "perigosas" (como um poder ou uma habilidade especial, por se tornarem leitoras corporais e detectoras de mentira, deixando as pessoas nuas por não conseguirem esconder as coisas - como no caso do seriado citado acima -  ou conseguir "manipular" as pessoas por saber a verdade, mesmo que as pessaos não saibam). Podemos utilizar isso como um detector de mentiras, mas temos que tomar cuidado porque a verdade nem sempre é agradável. Ou podemos usar isso para conhecer melhor as pessoas e saber se ela está realmente bem quanto diz estar, doente etc. Ou mesmo se a pessoa que estamos investindo está também afim da gente. Ou o que o (a) fulano (a) está pensando sobre determinada situação, se concorda ou não etc. Portanto temos maiores condições de ajudar as pessoas se estivermos atentos e perceber que ela não está bem quando, na verdade, diz que está ótima ou quando fazemos uma coisa que a pessoa diz que gostou e na verdade não gostou (quem for honesto e consciente não vai mais fazer aquilo), por exemplo. A escolha de como usar é sua.




Esta última parte vou dedicar ao mecanismo de história de vida, traumas e cura. Cada um tem uma vida completamente diferente uns dos outros que dependem das experiências que tivemos na vida. As imagens acima vêm ilustrar o antes, durante e depois de soldados estado-unidenses tiradas na guerra contra o Iraque. Há uns meses vi esta reportagem na internet (no site do hotmail) falando da mudança gerada nas pessoas pela guerra e como esta mudança se mostra no rosto das pessoas. Podemos aprender com isso: que as experiências de vida que temos interferem sim de forma concreta e visível em nossas vidas. Digamos que este soldados sofreram traumas. Como é que eles podem ser curados (ou mesmo melhorados ou transformados)? Com o auxílio da Psicologia e tratamento psicológico. Conheci há cerca de 1 ano e meio a abordagem Transpessoal da Psicologia e tive a oportunidade de ver como ela pode atuar também como mecanismo de cura dos traumas humanos durante um workshop que fiz (e que considero a melhor experiência e melhor coisa que aconteceu minha vida) perto de Paraúna (GO), na Serra da Portaria. Lá ouvi um dos coordenadores do trabalho (e que é minha terapeuta) falar uma coisa deveras interessante: que o corpo sabe como se curar (sozinho) ao deixar extravasar essas experiências dolorosas, como uma energia ou uma erva daninha que é retirada de dentro de nós, mas que nós, com nossa mania de egocentrismo, não deixamos que isso aconteça por querermos controlar tudo e acharmos que perdemos o controle quando isto acontece.

Bem, acho que era isto o que tinha pra falar. E espero que tenham compreendido o que eu quis dizer com este "resumo" que escrevi acima (tenho a impressão que ficou um pouco confuso e que faltam informações).

Namastê. Au revoir.

Um comentário:

  1. Sim, o corpo fala.Legal o texto e o tema.Seria bom se realmente ,nós seres humanos fossemos menos complicados e que na prática ;tudo fosse simples de se resolver como na teoria e/ou de se realizar,etc. Vamos aprendendo e melhorando,nos permitindo,nos abrindo dentro de nossos limites e na medida que estamos prontos para dar os passos seguintes...nem sempre entendemos /nem sempre existirão respostas .Abraço.LUZ.

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