terça-feira, 23 de agosto de 2011

Esportes 3 - Futebol

Pra finalizar esta triologia sobre esportes, vou colocar a paixão mundial na mesa: o futebol. Vcs já sabem o que penso, mas quero dedicar este pequeno espaço para falar um pouco mais a respeito. E me refiro tanto ao futebol dos gramados quanto ao futebol de salão.

Como eu já mensionei e costumo dizer, a definição de futebol poderia ser a de pessoas que ficam correrndo atrás de uma bola, de um lado para outro, como bobos-alegre ou barata tonta. Ou seja: fazendo nada. E são vários os pontos que podemos colocar sobre esta paixão mundial. Por mês, um jogador recebe muito mais do que a enorme maioria dos trabalhadores brasileiros. Isso sem contar com profissionais como os da saúde e da educação que, ao meu ver, são os mais necessários para se fazer uma revolução em qualquer país. Não acho justo que jogadores, técnicos ou seja lá quem for recebam tanto dinheiro e fique por isso mesmo. Digo isso porque não vejo todo esse dinheiro fazer alguma diferença no mundo.

Muitos gastam o que têm (e as vezes até o que não têm) para irem aos estádios, quadras e afins, com o objetivo de ver um jogão protagonizados por seus ídolos (os heróis). Que heróis são esses, porque elegemos eles assim e que tipo de heróis são esses que não salvam vidas? "Jogam dinheiro fora", mas faltam coisas básicas (moradia, saúde, comida ou móveis e materiais domésticos, estudos etc), fazer investimentos (como poupança), fazer trabalhos sociais, ter lazer com a família ou, simplesmente, pagar as dívidas. Outros itens que são indispensáveis e faz-se qualquer sacrifício para se ter são camisas oficiais, bandeiras, decorações de casa, entre outros. As vezes pode faltar um coisa aqui outra acolá para o dia-a-dia, não tem importância. Faz parte, né? Mas é curioso... E parece que as pessoas são obrigadas a ter um time do coração. Assim, eu prefiro não em encaixar na sociedade.

Outro ponto óbvio são as consequências de tanta fama e dinheiro. Saiu na revista Veja (não lembro se no ano passado ou neste) - coisa que não é novidade para ninguém - falando sobre "sexo, drogas e rock'n roll" que rola nos bartidores. São orgias, travestis, drogas, aviões particulares, mansões e outras diversões. Esbanjam dinheiro como podem. E se esforçam, pois são muitas as coisas realmente necessárias. E para que tanto dinheiro? Os milhões que recebem por mês poderia ser bem utilizado por ele e sua família por 3 ou 4 vidas (contando com esta). E belos exemplos recebemos, hein? Vamos citar Neymar: adolescente rebelde, rico desde o berço e que, aos 19 anos, é pai! Que comportamento é este que ele e outros nos inspiram? Como eleger Pelé ou qualquer outro como Rei? E em que essa realeza muda o mundo?

Trabalham tanto que se lesionam. Uma vida dura, que começa cedo e acaba cedo (praticamente obrigada). Como a maioria das crianças do sexo masculino, jogador de futebol é uma das primeiras opções e deve-se começar a empenhar cedo. O problema é que, tantos anos de sobre-carga no corpo, geram lesões após lesões, cirurgias após cirurgias. Mas tudo é (muito bem) compensado com um pouco de dinheiro como retorno. A boa notícia: não precisa esdutar para ser jogador profissional! Uma vida dessas, quem não quer? Dinheiro "fácil" desde cedo. Após a aposentadoria, para alguns deles (mais cedo ou mais tarde), dá-se início a uma nova carreira como treinador. Com a experiência de campo, usam isso como tática de combate para vencer e fazer uma carreira (praticamente) vitalícia. Vamos ponderar: rios de dinheiro, fama e sem necessidade de estudar. É o que (quase) todos querem: ganhar muito dinheiro sem fazer nada. Vamos nos atentar aos exemplos que eles nos dão e a influência que estes exercem em nossas vidas. A responsabilidade e a liberdade de aceitação são de todos.

Pra finalizar, gostaria de mensionar a diferença que o futebol faz na nossa vida. Considero que minha vida, e de outros que não são chegados neste esporte, é igual a de outros que o idolatram, com exceção que poupo mais dinheiro e tempo com isso. O futebol é necessário sim, mas não tanto quanto o mundo o considera. Gostaria de ver mais jogadores, técnicos e ex-jogadores e técnicos empenhados em utilizar o dinheiro, de modo a melhorar a sociedade e não apenas para fins egoístas e mesquinhos como vemos. Gostaria de ver mais ex-jogadores no anonimato, como é o caso de Rai, Túlio Maravilha e Guga (o tenista), trabalhando em prol do crescimento de todos. Enquanto isso, continuamos com a política do pão e circo moderno, com o futebol tomando tanto espaço em nossas vidas através de jogos e programas televisivos. O governo dá o que o povo quer. O futebol é de fato um esporte maravilhoso, de grande valor e que faz diferença em nossas vidas, desde que façamos ou se façam a coisa certa e lhe deem o devido valor. Como o vemos hoje faz parte da condição humana, mas ainda vão melhorar e muito as coias.

Au revoir.

2 comentários:

  1. Tudo a ver.E que bom que existem alguns dentro da área que fazem a diferença (como o Raí por exemplo e sua postura também sempre foi positiva).Sempre achei" o fim "essa exaltação para com o Pelé,e este na minha opinião é um grande demagogo.Infelizmente ,vivemos uma inversão de valores ,onde tudo que é errado é o certo e aquilo que seria certo é o errado,careta,ultrapassado...Mas,uma minoria existe e acredito que ainda possa fazer a diferença.Só nos resta acreditar,lutar,perseverar e não desanimar ,não é mesmo ?!LUZ.

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  2. Sim, é verdade.
    E não. Não fiquei chateado ou em dúvidas quanto aos seus comentários. Caso aconteça, vc saberá.

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